Todos conhecem a iniciativa do governo através do “Restaurante Popular”, todos sabem para quais pessoas esse ambiente é direcionado. Hoje, por iniciativa de um professor do colégio, meus colegas e eu fomos até lá para estudar mais a fundo o que é oferecido.
O valor da alimentação é um real, e junto com o que se paga vem uma fruta e um suco. A comida é boa sim e é direcionada para pessoas que realmente não tem condições de pagar. Esse é o público alvo, mas não são necessariamente eles que vão até lá.
Engravatados, pessoas que trabalham ao redor, moças com seus scarpins também consomem o alimento desse local. Segundo nosso professor, o real público alvo só aparece quando todo esse povo [citado a cima] não está mais presente. É como se eles tivessem vergonha de algo que foi destinado somente a eles.
Alguns acreditam que o alimento não é bem preparado, que o local não possui uma estrutura decente e que é tudo de baixa qualidade por conta do preço. Só que quem pensa assim se engana. A comida é gostosa, é tudo bem organizado e a arquitetura é interessante.
Só que o mais interessante é a realidade. A realidade de que a classe A e B consomem em um horário diferente enquanto a classe C e D aparecem em outro momento. Nós aparecemos em um determinado horário onde as pessoas que estavam na fila eram mais simples, ou seja, a cada hora que passa pessoas mais simples eram encontradas.
Havia a possibilidade de não enfrentarmos a fila, mas optamos por ter um tratamento igualitário. Seria injusto não passarmos pelo que eles passam diariamente. Sob sol ou sob chuva a necessidade de se alimentar continua, seria injusto se passássemos na frente de todos aqueles que enfrentam essas “barreiras” todos os dias.
Acredito que a iniciativa do governo é interessante, só que não atinge quem realmente deveria atingir. Não estou dizendo que aqueles que possuem uma melhor condição financeira não podem consumir o mesmo alimento que o tal público alvo. Só penso que a vergonha de conviver com a tal moça do scarpin, com os tais engravatados não deveria acontecer. Todos são seres humanos, todos têm fome e todos possuem o mesmo direito: o direito de ir e vir.
10 comentários:
Homers
muito bom seu texto COMO SEMPRE.
gostei da forma q vc abordou nosso "rolê" de hoje. e realmente, é uma PENA os verdadeiros "donos" do restaurante popular se constrangerem de algo que é deles por direito.
bjO
Aiii que orgulho essa homers ;)
cada dia escrevendo melhor.
Beijooooooo gatinha!!!
Realmente ja é um escritora né? ;p Haha
Cada dia surpreendendo as todos com textos cada vez melhores *-* .
Parabens Gabiziinha (:
Izaaa!
É triste saber que os verdadeiros donos têm vergonha que é dedicado a eles.
Mas fazer o que, vai da consciência de cada um. Só sei que fico feliz quando você elogia o que escrevo.
Beeeijos.
Luuh!
Que lindinha você, é bom saber que você se orgulha de mim.
Beeeijos, adoro você.
Gabriel,
É surpreendente te ver por aqui e você me deu um emaranhado de felicidade ao ler seu comentário. Lembra quando eu não tinha o blog e o primeiro a ler todos os textos era a você? Isso te deu a alcunha de leitor oficial: talvez o mais crítico, talvez aquele que me apoiou desde o começo, talvez aquele que me motivava a escrever textos mais animadores quando eu não estava muito bem. Talvez, talvez e talvez para não dizer a tamanha consideração que tenho por você. Consideração grande e recíproca. Recíproco, a palavra que deu inicio a nossa amizade e que mudou algo em sua vida [o que foi não sei, mas sinto que mudou]. “Você sente e eu sinto também, algo que vai e volta.”, essa foi a explicação que dei a você e que ficará guardada para sempre na minha mente.
Meu amigo, meu irmão, meu leitor oficial, é bom saber que você foi e voltou para minha vida. Você apareceu, aprendemos muitas coisas juntos; você foi, aprendi muita coisa sozinha e você também; você voltou, e estávamos mudados, mais maduros [talvez por termos parado de conviver] e mais amigos. Por isso que digo que as pessoas entram na nossa vida com um porque e ficam porque elas têm que ficar. E que há certas coisas na vida que são suficientemente fortes para virar eternas. Nossa amizade é um exemplo disso.
Quero muito o seu bem, a sua felicidade, quero que a nossa amizade dure até onde tiver que durar.
Ps: sessão rasgamento de seda e não se acostume com um comentário imenso desse: é só porque é a primeira vez que comente nesse humilde blog.
Homers!!
Olha.. cada dia que passa vejo o quanto você cresceu! Me orgulho em ter ao meu lado uma garota como você!! Tah escrevendo muuuito bem hein?!
Ah... fico bastante triste em saber que muuuitas pessoas poderiam comer bem e não comem. preferem pagar masi caro e comer na lanchonete da esquina.. Eu que sou bem chato adorei a comida! Recomendo, mesmo ficando sem graça aol sentir que o restaurante popular não foi feito para mim.. aliás sou de outra cidade. Mas tah valendo!! Boa iniciativa do prefeito! E melhor ainda a iniciativa da mocinha EMO de escrever esse belo texto
Diego!
Fico muito feliz ao entrar no blog e deparar-me com um comentário seu. É bom ver que você também cresceu e que você percebe que também cresci. Acho que estamos aqui por determinadas coisas da vida, que, por vezes, nos obriga a amadurecer. Não me deixe sem graça, é bom para mim também ter alguém igual a você na minha vida.
Sabe, também fico triste por conta disso. As pessoas não valorizam o alimento que podem ter e muito menos o dinheiro que possuem. O preço é relativo às vezes, e todos podem consumir algo bom com um preço acessível.
“Pois é, se até o chato do Diego gostou da comida, é porque ela é boa mesmo.” Confesso que pensei isso, e não posso esquecer que também sou uma chata e que adorei a comida de lá também. É tudo tão organizado, tudo tão limpinho.
Divido da mesma opinião que você: recomendo sim, mas me sinto culpada ao pegar aquela ficha na entrada. Essa ficha poderia ser de outra pessoa que precisa mais do que eu. Não é exatamente algo de outro mundo porque tivemos a oportunidade de conhecer pelo menos um pouco sobre a realidade de outras pessoas.
Ele teve uma iniciativa muito boa, mas os verdadeiros donos daquele restaurante não podem ter vergonha de algo que é dedicado somente a eles. A minha iniciativa foi tomada juntamente com a Iza, que me apoiou ao escrever.
Ps: não me chama de Emo e TIRA A PAAAATA MAAARCOS!
gostei muito do texto
explica certinho oq acontece na sociedade e que nao deveia acontecer :S
pena que perdi isso ;((
mas, precisei faltar;D
bj.
Leandro!
Cada vez que você comenta algo aqui, fico feliz. É prova que você realmente gosta do que lê, por tanto, fico feliz só pelo fato de ler.
Exatamente, é triste encarar a realidade e ter que encará-la de frente. É difícil ter que perceber que o mundo está dividido em classes sócias e que ambas sofrem preconceitos por elas mesmas. É estranho, é como se fosse dois mundos em um só, dois planetas distintos. Tudo deveria ser igual, mas infelizmente não é.
Infelizmente você perdeu a única experiência da sua vida de viver somente uns minutos como aqueles que passam horas em um fila por causa da necessidade de se alimentar. Enfim, são experiências únicas e que depois de serem passadas, a valorização pelas coisas aumenta.
Sei que você precisou, entendo você, mas fico feliz pelo simples fato de você ter lido o texto.
Beeeijos.
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