terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Revolta ou "é o fim"

Quando algo afeta a sua saúde e a sua sanidade, é o momento de pular fora. Foda-se se há história, atração ou a vontade de ficar juntos. Insistir, em certas situações, é a pior burrice do universo. Nessas horas, não há nada melhor do que virar as costas, fechar as portas, trancá-las com inúmeros cadeados e jogar as chaves fora. A única maneira de não voltar atrás. De nem pensar em retornar.

O banho-maria que fui inserido me revolta. Agi com paciência, com tranquilidade e parcimônia. E o que ganhei em troca? Nada, apenas desgosto. Nada, apenas indiferença. Nada, apenas “não-posso-dizer-nada-agora-favor-espere-idiota”. Obrigada, de nada. Sou agradecido por ter me feito de babaca durante todo esse tempo. Por não ter tido a dignidade de ter sido um pouco sincera comigo.

O bom que sempre há tempo para acordar. Nunca é tarde para abrir os olhos e ter a consciência da merda que se está fazendo. Agora, será assim: Dane-se se você quer voltar a ser uma imbecil. Foda-se se deseja ser maltratada e ter de volta a vida lixo que tinha antes de me conhecer.

Boa sorte, querida. Abra os braços para a sua história antiga e que tudo dê certo. E, só um conselho: Coloque tudo na balança. Compensa abdicar da vida que tem levado para retornar a uma história que, daqui um mês, terá o mesmo fim das outras tentativas?

Bom, para mim é indiferente. Tanto faz. Não sou eu que vou arcar com as consequências dos seus atos mesmo.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Das fases

Conversar com os meus amigos sobre as fases da vida sempre me faz refletir sobre o momento que estou vivenciando. Nesses papos, parece que, além de conseguir me entender melhor, vejo quais são os caminhos que devo seguir e as atitudes que preciso tomar ao longo de uma determinada trajetória.

O assunto de hoje, com algumas pessoas, foi a forma que cada um reage após o término de um relacionamento. Nem preciso dizer que a maioria me disse que no início se fecha, opta pela frieza e demora para confiar na próxima pessoa que vai se envolver. Reações normais, já que não há algo mais insuportável e terrível do que sofrer por amor e pela falta dele.

No entanto, comigo é diferente. A cada perrengue sentimental, fico mais doce e crente de que, pode demorar o tempo que for necessário, a pessoa certa surgirá. Não, não me pergunte o motivo de eu ser assim. Apenas tenho consciência de que esta situação é cômica e, às vezes, sinto-me idiota por ser desse jeito.

Não vou entrar em detalhes sobre a minha vida amorosa, porém, já passei por poucas e boas. E essas “poucas e boas” interferem de forma positiva no jeito que vejo e encaro o amor e as suas adversidades. Claro, sei que depois de cada tentativa frustrada, deveria me fechar e tentar me blindar de todas as formas para não me ferrar de novo. Entretanto, consigo fazer isto? Não.

Não, não consigo. E por não conseguir, sigo acreditando que devo me entregar 100% para a pessoa que for me envolver. “Você não pode ser assim. Precisa ir aos poucos. Desse jeito, ninguém lhe dá valor, ninguém lhe leva a sério. Dá margem para os outros acreditarem que é possível fazer o que quiser contigo”. Conheço todo esse discurso e, de certo modo, concordo. Além disso, tenho a doce ilusão de que “agora será diferente”. Porém, sou da opinião de que a vida é curta demais para ficarmos gastando com charmes excessivos.

Por isso, quando não quero, não quero e ponto. Se tenho vontade e acho interessante tentar, por qual motivo resistir e perder o tempo com frescura? Ser assim não quer dizer que devo ser tratada de outra forma, em comparação àqueles que optam por ir aos poucos. Também não indica que estou disponível e disposta a tudo. Não são meia dúzia de palavras nem atitudes pontuais que têm o poder de me encantar. É preciso muito mais do que isso.

Dessa forma, não confunda simpatia, atenção e dedicação com interesse ou segundas intenções. O fato de ser gentil não quer dizer que eu queira algo ou que esteja caidinha por alguém. Além do mais, as conversas, as madrugadas e tudo o que tenho vivido intensificam o pensamento de que devo continuar mantendo o meu coração aberto para quem estiver disposto e que, às vezes, as pessoas certas chegam à vida em momentos inoportunos. Pois é, sei bem como é isto...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sobre amor, término e despedida

Somos surpreendidos por pessoas encantadoras ao longo de nossa trajetória. Algumas são capazes de nos cativar, outras simplesmente nos encantam e, assim como chegam, desaparecem. No entanto, há aquelas que, sem perceber, conseguem despertar um sentimento imenso, responsável por nos ocasionar sensações deliciosas e pensamentos infindáveis. Pois bem, é o amor.

Este sentimento é um dos únicos que consegue provocar emoções intensas em cada um de nós. Somos capazes de ceder, compreender e, caso seja necessário, abdicar de certos caprichos e costumes para viver em comunhão com o ser amado. Entretanto, diante de brigas, discussões, questões mal resolvidas e desentendimentos, nem o mais puro amor é capaz de sobreviver.

Por conta disso, quando um relacionamento está indo por água abaixo, não há nada melhor a se fazer do que cada um ir para o seu canto. Como todos sabem, antes de qualquer ligação afetiva, é preciso ter entendimento. Amizade é outro item primordial para que um casal se dê bem.

Tudo soa óbvio demais, até porque todos nós já passamos e vamos enfrentar inúmeras vezes as situações citadas acima. No entanto, o que difere é a forma que lidamos com o término de um relacionamento e o jeito que ele chegou ao fim. Houve despedida? As brigas foram responsáveis por destruí-lo? Acabou por meio de discussões? Teve choro, abraço e promessa de recomeço? 

Independentemente do modo como aconteceu, o que realmente importa é o que pretendemos fazer após o fechamento de um ciclo. Vale à pena se prender à pessoa que não deseja mais a sua companhia? Apesar de o fim ter sido doloroso e com espinhos, compensa permanecer fechado e perder as oportunidades que a vida lhe oferece?

São muitas perguntas a serem respondidas. A única verdade é que, sem levar em consideração as feridas que foram deixadas em nosso coração, precisamos saber que podemos, sim, amar outras pessoas. Isso porque cada um que chega a nossas vidas desperta um tipo de amor diferente.

Falo isto por experiência própria. Durante um período, nutri um amor imenso por uma pessoa. O tempo passou e outro alguém surgiu na minha vida. Abri o meu coração, deixe-me envolver e namorei. O relacionamento chegou ao fim. Em seguida, surgiu um rapaz muito bacana. Um alguém que não dei valor e perdi. Sim, eu me arrependo. Enfim, o que quero dizer com tudo isto: Ao longo da vida, teremos a oportunidade de amar outras pessoas. Para cada ser que surgir, um sentimento novo tomará o nosso coração. Basta estar aberto e disposto a tentar de novo.

Aliás, precisa de muito mais do que um coração aberto e a disposição de tentar de novo. É necessário, independentemente das dores, dos desamores, das fases e das cicatrizes, estar atento às pessoas que estão ao redor. Surgiu alguém bacana e que vale à pena? Agarre a pessoa com todas as forças e não a deixe escapar. Nunca sabemos quando teremos possibilidade de seguir em frente.

Dessa forma, é melhor correr o risco e tentar do que esperar que a vida leve essa pessoa embora. Quando alguém se vai, o retorno se torna difícil. As oportunidades de ter de volta se tornam mínimas. As chances de um grande amor acontecer se acabam e, com isso, surge o arrependimento.

Depois, não adianta pedir para voltar e repensar. Não adianta acreditar que, por conta de algo vivido, a espera será constante, a ponto de topar retornar sem ter nenhuma segurança. Infelizmente (ou felizmente), como já foi dito, o coração aberto possibilita novos envolvimentos, independentemente da existência de algum tipo de sentimento. Se no meio do caminho surgir alguém interessante, adeus história antiga. Afinal, todos merecem dar uma segunda chance para si. Descabeçados são aqueles que não sabem aproveitar.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Perdas e ganhos

O tempo passa e cada vez mais chego à conclusão de que as relações estão ficando cada vez mais vagas e efêmeras. Sair da zona de conforto, da ilusória liberdade e do constante medo de se machucar são fortes influências para a falta de envolvimento. Afinal, o amor, ao mesmo tempo em que proporciona sensações incríveis nas pessoas, é árduo, dá dor de cabeça e precisa ser construído aos poucos. Pois é, não é todo mundo que tem paciência para edificar uma história com alguém.

Por conta disso, é mais fácil viver de envolvimentos superficiais e passageiros. Nesses, o prazer e a satisfação pessoal falam mais alto. Não há preocupação se o próximo sairá machucado, se tal pessoa sofrerá as consequências de uma atitude um tanto que egoísta. No entanto, a solidão um dia bate à porta e quando isto acontecer, a quem recorrer?

Com o tempo, cada um encontrará uma forma de responder a pergunta acima. A única verdade é que, ao menos uma vez na vida, passamos por momentos de deslumbre. Momentos em que acreditamos que podemos fazer tudo o que tivermos vontade, sem levar em consideração a forma que os outros vão reagir ou até mesmo se sentir. Todos podem fazer o que der na telha, claro. Entretanto, o excesso de liberdade cega, ensurdece e nos influencia a tomar atitudes momentâneas que terão consequências drásticas no futuro. 

As tais consequências drásticas vão de sentir-se sozinho e não ter a quem recorrer em situações difíceis, passam pelo arrependimento de ter perdido oportunidades bacanas de envolvimento, e terminam na solidão, que pode ser acompanhada. Aquela em que se está com alguém, mas que, devido à falta de dedicação e atenção, parece que não está. Sim, esta é a da pior espécie.

Independentemente do tempo, do espaço, do período ou de qualquer coisa do tipo, a maioria das pessoas vão encontrar o tão sonhado alguém para roçar os pés em uma noite fria de inverno. Ou muito mais que isso: vão encontrar uma companhia para passar o resto da vida.

Adendos 

1º - As relações efêmeras contribuem na forma em que as pessoas tratam os demais. Um simples “tudo bem?” e um abraço em fora de hora perdem o sentido. Não há necessidade de saber como o outro está e se a pergunta é feita, pode ter certeza que é por educação. São raros os casos que um “como vai?” aguarda por uma resposta sincera, faltando à disposição de ouvir os problemas alheios.

2º - Não, ninguém é igual a ninguém. Se alguém lhe machucou não quer dizer que o próximo fará isso. As pessoas são diferentes, logo merecem tratamentos distintos. Por isso, deixe o medo de lado ou enfiei onde achar melhor. O importante é ser sincero e fazer de tudo para não machucar o próximo. Se você não quer se prejudicar, por que o outro gostaria ou deveria passar por isso?