terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sobre amor, término e despedida

Somos surpreendidos por pessoas encantadoras ao longo de nossa trajetória. Algumas são capazes de nos cativar, outras simplesmente nos encantam e, assim como chegam, desaparecem. No entanto, há aquelas que, sem perceber, conseguem despertar um sentimento imenso, responsável por nos ocasionar sensações deliciosas e pensamentos infindáveis. Pois bem, é o amor.

Este sentimento é um dos únicos que consegue provocar emoções intensas em cada um de nós. Somos capazes de ceder, compreender e, caso seja necessário, abdicar de certos caprichos e costumes para viver em comunhão com o ser amado. Entretanto, diante de brigas, discussões, questões mal resolvidas e desentendimentos, nem o mais puro amor é capaz de sobreviver.

Por conta disso, quando um relacionamento está indo por água abaixo, não há nada melhor a se fazer do que cada um ir para o seu canto. Como todos sabem, antes de qualquer ligação afetiva, é preciso ter entendimento. Amizade é outro item primordial para que um casal se dê bem.

Tudo soa óbvio demais, até porque todos nós já passamos e vamos enfrentar inúmeras vezes as situações citadas acima. No entanto, o que difere é a forma que lidamos com o término de um relacionamento e o jeito que ele chegou ao fim. Houve despedida? As brigas foram responsáveis por destruí-lo? Acabou por meio de discussões? Teve choro, abraço e promessa de recomeço? 

Independentemente do modo como aconteceu, o que realmente importa é o que pretendemos fazer após o fechamento de um ciclo. Vale à pena se prender à pessoa que não deseja mais a sua companhia? Apesar de o fim ter sido doloroso e com espinhos, compensa permanecer fechado e perder as oportunidades que a vida lhe oferece?

São muitas perguntas a serem respondidas. A única verdade é que, sem levar em consideração as feridas que foram deixadas em nosso coração, precisamos saber que podemos, sim, amar outras pessoas. Isso porque cada um que chega a nossas vidas desperta um tipo de amor diferente.

Falo isto por experiência própria. Durante um período, nutri um amor imenso por uma pessoa. O tempo passou e outro alguém surgiu na minha vida. Abri o meu coração, deixe-me envolver e namorei. O relacionamento chegou ao fim. Em seguida, surgiu um rapaz muito bacana. Um alguém que não dei valor e perdi. Sim, eu me arrependo. Enfim, o que quero dizer com tudo isto: Ao longo da vida, teremos a oportunidade de amar outras pessoas. Para cada ser que surgir, um sentimento novo tomará o nosso coração. Basta estar aberto e disposto a tentar de novo.

Aliás, precisa de muito mais do que um coração aberto e a disposição de tentar de novo. É necessário, independentemente das dores, dos desamores, das fases e das cicatrizes, estar atento às pessoas que estão ao redor. Surgiu alguém bacana e que vale à pena? Agarre a pessoa com todas as forças e não a deixe escapar. Nunca sabemos quando teremos possibilidade de seguir em frente.

Dessa forma, é melhor correr o risco e tentar do que esperar que a vida leve essa pessoa embora. Quando alguém se vai, o retorno se torna difícil. As oportunidades de ter de volta se tornam mínimas. As chances de um grande amor acontecer se acabam e, com isso, surge o arrependimento.

Depois, não adianta pedir para voltar e repensar. Não adianta acreditar que, por conta de algo vivido, a espera será constante, a ponto de topar retornar sem ter nenhuma segurança. Infelizmente (ou felizmente), como já foi dito, o coração aberto possibilita novos envolvimentos, independentemente da existência de algum tipo de sentimento. Se no meio do caminho surgir alguém interessante, adeus história antiga. Afinal, todos merecem dar uma segunda chance para si. Descabeçados são aqueles que não sabem aproveitar.

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