quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Perdas e ganhos

O tempo passa e cada vez mais chego à conclusão de que as relações estão ficando cada vez mais vagas e efêmeras. Sair da zona de conforto, da ilusória liberdade e do constante medo de se machucar são fortes influências para a falta de envolvimento. Afinal, o amor, ao mesmo tempo em que proporciona sensações incríveis nas pessoas, é árduo, dá dor de cabeça e precisa ser construído aos poucos. Pois é, não é todo mundo que tem paciência para edificar uma história com alguém.

Por conta disso, é mais fácil viver de envolvimentos superficiais e passageiros. Nesses, o prazer e a satisfação pessoal falam mais alto. Não há preocupação se o próximo sairá machucado, se tal pessoa sofrerá as consequências de uma atitude um tanto que egoísta. No entanto, a solidão um dia bate à porta e quando isto acontecer, a quem recorrer?

Com o tempo, cada um encontrará uma forma de responder a pergunta acima. A única verdade é que, ao menos uma vez na vida, passamos por momentos de deslumbre. Momentos em que acreditamos que podemos fazer tudo o que tivermos vontade, sem levar em consideração a forma que os outros vão reagir ou até mesmo se sentir. Todos podem fazer o que der na telha, claro. Entretanto, o excesso de liberdade cega, ensurdece e nos influencia a tomar atitudes momentâneas que terão consequências drásticas no futuro. 

As tais consequências drásticas vão de sentir-se sozinho e não ter a quem recorrer em situações difíceis, passam pelo arrependimento de ter perdido oportunidades bacanas de envolvimento, e terminam na solidão, que pode ser acompanhada. Aquela em que se está com alguém, mas que, devido à falta de dedicação e atenção, parece que não está. Sim, esta é a da pior espécie.

Independentemente do tempo, do espaço, do período ou de qualquer coisa do tipo, a maioria das pessoas vão encontrar o tão sonhado alguém para roçar os pés em uma noite fria de inverno. Ou muito mais que isso: vão encontrar uma companhia para passar o resto da vida.

Adendos 

1º - As relações efêmeras contribuem na forma em que as pessoas tratam os demais. Um simples “tudo bem?” e um abraço em fora de hora perdem o sentido. Não há necessidade de saber como o outro está e se a pergunta é feita, pode ter certeza que é por educação. São raros os casos que um “como vai?” aguarda por uma resposta sincera, faltando à disposição de ouvir os problemas alheios.

2º - Não, ninguém é igual a ninguém. Se alguém lhe machucou não quer dizer que o próximo fará isso. As pessoas são diferentes, logo merecem tratamentos distintos. Por isso, deixe o medo de lado ou enfiei onde achar melhor. O importante é ser sincero e fazer de tudo para não machucar o próximo. Se você não quer se prejudicar, por que o outro gostaria ou deveria passar por isso?

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