sábado, 4 de janeiro de 2014

Excruciante

Às vezes penso que as pessoas não têm noção do que dizem e para quem dizem. Palavras pronunciadas em momentos inoportunos e para alguéns que não desejam ouvir, podem ocasionar um grande dano. Como muitos já falam: O que a boca fala machuca muito mais que um soco no estômago.

Dores físicas passam com o tempo. O que foi escutado ocasiona dores excruciantes, faz o peito ficar apertado, os olhos marejados e permanece na cabeça, feito música repetida em vitrola velha. Mesmo que haja a vontade de esquecer, de deixar para lá e desconsiderar não dá, não tem como.

O mesmo acontece com assuntos mal resolvidos. Não obter respostas, não notar mudanças e não perceber evolução, tudo isso, consegue afetar na rotina, no apetite e na vontade de fazer as coisas do cotidiano. Além disso, faz sofrer, rouba as energias e a concentração. O cansaço domina e, quando ele chega, não dá para evitar.

***

A verdade é o que tempo tem passado arrastado demais. É preciso ter paciência, ser o mais racional possível e deixar de envolver os sentimentos no que está para acontecer. E se acontecer, aliás.

O cansaço que me toma afeta na forma que enxergo tudo ao meu redor. Parece que as coisas, às vezes, deixam de ter a sua cor. O marasmo toma conta, o nublado me apetece muito mais que os dias de verão. Sempre foi assim, mas agora está mais intenso.

O que importa é que, independentemente do período que isto tiver de durar, vai passar. O sorriso tomará conta dos rostos dos sofredores. Por ora, sigo meu caminho, tentando acreditar que realmente sou livre, mesmo sabendo que não sou.

Que haja ao menos um pingo de doçura no meio do caminho!



"É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto os teus sinais
Pode ser da vida acostumar 

Será, Morena? 
Sobre estar só, eu sei 
Nos mares por onde andei 
Devagar, dedicou-se mais o acaso a se esconder 
E agora o amanhã, cadê?".

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