sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Das fases

Conversar com os meus amigos sobre as fases da vida sempre me faz refletir sobre o momento que estou vivenciando. Nesses papos, parece que, além de conseguir me entender melhor, vejo quais são os caminhos que devo seguir e as atitudes que preciso tomar ao longo de uma determinada trajetória.

O assunto de hoje, com algumas pessoas, foi a forma que cada um reage após o término de um relacionamento. Nem preciso dizer que a maioria me disse que no início se fecha, opta pela frieza e demora para confiar na próxima pessoa que vai se envolver. Reações normais, já que não há algo mais insuportável e terrível do que sofrer por amor e pela falta dele.

No entanto, comigo é diferente. A cada perrengue sentimental, fico mais doce e crente de que, pode demorar o tempo que for necessário, a pessoa certa surgirá. Não, não me pergunte o motivo de eu ser assim. Apenas tenho consciência de que esta situação é cômica e, às vezes, sinto-me idiota por ser desse jeito.

Não vou entrar em detalhes sobre a minha vida amorosa, porém, já passei por poucas e boas. E essas “poucas e boas” interferem de forma positiva no jeito que vejo e encaro o amor e as suas adversidades. Claro, sei que depois de cada tentativa frustrada, deveria me fechar e tentar me blindar de todas as formas para não me ferrar de novo. Entretanto, consigo fazer isto? Não.

Não, não consigo. E por não conseguir, sigo acreditando que devo me entregar 100% para a pessoa que for me envolver. “Você não pode ser assim. Precisa ir aos poucos. Desse jeito, ninguém lhe dá valor, ninguém lhe leva a sério. Dá margem para os outros acreditarem que é possível fazer o que quiser contigo”. Conheço todo esse discurso e, de certo modo, concordo. Além disso, tenho a doce ilusão de que “agora será diferente”. Porém, sou da opinião de que a vida é curta demais para ficarmos gastando com charmes excessivos.

Por isso, quando não quero, não quero e ponto. Se tenho vontade e acho interessante tentar, por qual motivo resistir e perder o tempo com frescura? Ser assim não quer dizer que devo ser tratada de outra forma, em comparação àqueles que optam por ir aos poucos. Também não indica que estou disponível e disposta a tudo. Não são meia dúzia de palavras nem atitudes pontuais que têm o poder de me encantar. É preciso muito mais do que isso.

Dessa forma, não confunda simpatia, atenção e dedicação com interesse ou segundas intenções. O fato de ser gentil não quer dizer que eu queira algo ou que esteja caidinha por alguém. Além do mais, as conversas, as madrugadas e tudo o que tenho vivido intensificam o pensamento de que devo continuar mantendo o meu coração aberto para quem estiver disposto e que, às vezes, as pessoas certas chegam à vida em momentos inoportunos. Pois é, sei bem como é isto...

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