Amor proibido.

Dançaram lindamente no centro do salão. Eram jovens, quase crianças e mal sabiam o que era o amor. Diziam que se amavam, que eram namorados e que se casariam no futuro.
A família de ambos apenas ria, achava graça de tal situação e dizia que eles mal sabiam o que estavam falando. De fato, eram novos demais, mas algo de diferente havia ali. Havia algo de diferente que nem eles mesmos sabiam.
Os pais da garota por desacreditarem de tal sentimento fizeram questão de arranjar outro pretendente. A mãe do garoto por ser completamente beata queria porque queria que seu filho se tornasse padre, querendo colocá-lo em um seminário.
Ambos protestaram, brigaram, queriam se casar e resolveram tentar fugir. Como de esperado o plano falhou e suas respectivas famílias continuaram com aquelas ideias, ideias malucas, na visão dos dois.
Seu pai com a intenção de puni-la a trancafiou por dias em seu quarto. Não queria que se vissem, mas não pôde evitar já que todas as noites a menina descia das janelas e ia de encontro de seu amado.
Sentados no banco do bosque que se encontrava a poucos metros de onde moravam, faziam planos para o futuro, queriam se casar e decidiram que finalmente negociariam tal decisão com suas famílias.
Após longas horas de conversa, o pai da pobre garotinha disse que o seu casamento já estava marcado. Por instantes acreditou que seu futuro marido seria aquela que havia escolhido, mas ao poucos foi percebendo que não era esse fato que acontecia ali. Seria obrigada a se casar com outro mesmo.
Por imposição dos parentes, Arthur virou padre e Amélia se casou, sendo casada justamente por ele. Mas o que a família nunca soube é que eles haviam planejado tudo e que aquele amor jamais deixou de existir...