Já não me sinto mais culpada quando o diálogo não flui da maneira que esperei. Na verdade não espero quase nada. Minto. Só aguardo pela procura, pela preocupação, por seu aparecimento. E mesmo que não venha, se eu sentir vontade, vou.
Sinto-me diferente, o que me faz ver as coisas de outras perspectivas. Minha consciência sempre esteve limpa quanto a você e minhas inúmeras irresponsabilidades quanto a isso.
Ainda digo que tudo foi pacífico depois da verdade. Sem promessas, sem ilusões. Sem nada que me fizesse tomar atitudes precipitadas e muito menos enxergar algo além da real proporção.
O jeito de sentir continua o mesmo, mas me pergunte, o que mudou? Talvez tenha sido o modo em que vejo as coisas. Não sofro mais – não como antes. As lágrimas, quando saem, saem para libertar a alma. Para conscientizar os olhos de que o sentimento ainda existe. Ainda é real, ou melhor, passional.
Quanto às palavras, elas continuam as mesmas, a dedicação também. O pensamento sente ainda o primeiro e o último pulsar. Coração, mão e cabeça continuam com seu pacto e fazem seu trabalho. Retratam você do começo ao meio, do meio ao começo.
E o fim? Pergunte-me dele, e lhe responderei:
"Prefiro a continuidade e não se fala mais nisso."
Um comentário:
Que belo texto..
''As lágrimas, quando saem, saem para libertar a alma.'' Também acho isto. Lindo.. beijos.
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