Transformar-lhe em palavras, depois de tanto tempo, realmente é atividade difícil. Faz semanas que não dedico nada a você. Faz semanas que minhas palavras não ganham nome e sobrenome. É eu sei, essa volta repentina é estranha.
Não. Eu não voltei. Só a saudade que apareceu. Olho para trás e fico pensando se me segue. Se você nota cada risquinho que desenhei no chão. É uma forma de me encontrar.
Antigamente, o que sinto estava guardado em uma caixinha dentro do meu coração. Agora sentimento e pessoa se separam. Andam em caminhos opostos e têm vontades que não se cruzam.
Até a esperança é inexistente. Morreu quando escolhi seguir meu caminho. O que senti um dia, não será recíproco hoje e nem nunca. O futuro que imaginei se transformou em passado. E o presente é uma garota sentada que escreve sobre a falta. Ausência.
Não deixe os risquinhos se apagarem. Eles não são fortes como antes. Perdem a cor diariamente. E não haverá maneira de traçá-los novamente. Não haverá maneira de me encontrar. Espero que me ache, perdida por ai, na obra do acaso. E que traga consigo os pensamentos e as lembranças. Os presentes mais bonitos.
Saudade que durou seis minutos.
3 comentários:
Você não me conhece e descobri seu blog pelo Twitter.
Enfim, quero parabenizar você pelos textos. São muito belos e me identifiquei com os últimos 2, principalmente.
É isso.
Até mais ler.
Passei por aqui só para constar que eu simplesmente amei seus textos!
É contrastante ler algo assim. Melancólico pela sensação de coisa forte desvanecendo, mas, ao mesmo tempo, expoente de algo novo nascendo em você.
Beijo.
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