Sem roteiros

Decidi. Vou viver a vida sem roteiros. Parar com a mania de tentar adivinhar a reação das pessoas antes mesmo de fazer algo. Deixar de sofrer antecipadamente – por mais difícil que isso seja – por determinadas coisas. E além do mais, aceitar a opinião dos outros porque nem sempre a verdade que se quer ouvir é a melhor.
Vou tentar reclamar menos, agradecer mais e lutar muito mais ainda pela minha felicidade. E ter paciência caso algo não saia do jeito que desejo. Para uma escolha há inúmeras tentativas e possibilidades. O importante é não desistir.
Deixar que a esperança sempre exista dentro de mim e que seja presente nas atitudes que tomar. Que consiga trilhar meu caminho e que as pessoas que gosto estejam sempre ao meu lado durante este longo percurso. Que elas tenham o melhor de mim e que isso seja recíproco.
Poder fazer do amor matéria principal na escrita, nos atos, nas palavras. Em tudo que tiver direito. Pois tudo é melhor e mais belo quando feito com este sentimento. E saber, acima de tudo, tratá-lo de maneira correta e sem leviandade quando for dito ou demonstrado para alguém.
Conseguir olhar certos acontecimentos da vida com bons olhos, mesmo quando eles aparentarem não ter solução. Afinal, não importa o que perdi e muito menos o que não vivi. Importante mesmo é o que aprendi.
E se for para desistir de algo, que seja com sabedoria. Que tenha alcançado meu limite e que ao menos possa levar comigo boas recordações. Que o arrependimento não apareça porque tudo sempre tem um tempo certo para durar.
Desejo ser capaz de sorrir quando sentir saudade do que já aconteceu. E ao sorrir, ter aquela doce sensação que consegue preencher o coração por completo. Fazer das lembranças o elo principal entre passado e presente. Construção de um futuro bom. Hoje e sempre.