Os créditos sinalizam o final de uma história que não pode mais voltar. O mocinho e a mocinha sempre se beijam antes da tela escurecer e da sala de cinema se clarear pelas luzes laterais.
As pessoas, por conta da emoção, certamente têm os olhos marejados e os narizes vermelhos de tanto chorar. Alguns se rendem a história e saem da exibição suspirando e ao mesmo tempo, desejando viver algo parecido.
Finais felizes sempre deixam as pessoas com a esperança de que algo parecido por acontecer na vida real, a qualquer momento. É como se o rapaz que ela gosta a esperasse no portão de casa com um violão na mão. É como se moça que ele gosta descobrisse que uma simples amizade na realidade é amor.
A vida é um filme sem programação nenhuma. Nunca se sabe quais músicas serão escolhidas para trilha sonora quando os personagens principais simplesmente se cruzarem pelo desejo do destino. Nunca se sabe quais serão as roupas que estarão usando e nem o que dirão um para o outro.
Talvez seja ela, a vida, que cuida do roteiro, mas é você que dirige e produz sua história com a ajuda dos assistentes – amigos e pessoas queridas que lhe acompanham nas horas felizes e tristes.
Na realidade, um cenário, uma música, uma roupa, tudo pode mudar dependendo das escolhas e do caminho que resolver seguir. Ao contrário dos filmes, a gente não recebe nenhum script dizendo exatamente o que se deve fazer e nem o que virá depois.
Por isso, histórias de amor que pareciam certas, podem não dar certo. Promessas nem sempre são cumpridas – não por vontade própria, mas porque não era para ser. Coisas que pareciam erradas no princípio passam a ser certas com o passar do tempo. Tudo pode mudar num piscar de olhos.
A graça está ai, em não saber de nada. Em viver um dia após o outro sem ter a mínima ideia de como o próximo será. Cada história que termina é substituída por uma nova.
Créditos finais.
Um comentário:
Pois é, a sucessão dos fatos.
Essa clareza com que escreve sobre isso é demais, limpa o coração da gente.
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