terça-feira, 31 de agosto de 2010

Para toda vida

Às vezes acho que a infância nunca vai me abandonar. Ainda gosto dos mesmos desenhos de quando era criança – Cavaleiros do Zodíaco, A Caverna do Dragão e Doug Funnie. Ainda tenho alguns brinquedos como o Bate bumbo do Mickey, a Barbie que voa e o Hamtaro de pelúcia que, com o passar do tempo, deixaram de ser diversão e se transformaram em enfeite para a mesinha do meu quarto.
Tenho grande carinho pelas animações – Branca de Neve, A Bela e a Fera e A Espada Era Lei –, e pelos filmes – Edward Mãos de Tesoura e O Mágico de Oz – que vi há anos atrás, mas continuo me emocionando com eles quando os assisto. Escuto até hoje algumas bandas – Titãs, Alphaville e Men at Work –, e cantores – Chico Buarque, Caetano Veloso e Marisa Monte – que conheci através dos meus pais e dos meus tios.
Gosto praticamente das mesmas guloseimas – Danete, Ana Maria e chocolate meio amargo –, das mesmas comidas – Purê de batatas, frango à milanesa e lasanha –, e do sabor da Coca-cola. Sinto saudade da bolacha Fofy, do chocolate preto com o interior branco da Turma da Mônica e da sopa de letrinha do Mágico de Oz.
Lembro-me da época em que batia Tazo, dos álbuns de figurinhas e até mesmo dos gibis. Lembro-me da minha coleção de Pokémon, de Digimon e daquelas bolinhas que eram vendidas dentro de uma máquina por um real no meio dos shoppings; coisas que meu primo herdou de mim desde o dia em que nasceu.
Guardo até hoje alguns livros da coleção Vagalume que li na época de colégio. Tenho guardado em alguma caixa o Nintendo 64, dois controles e alguns jogos. E minha mãe como toda mãe, tem em alguma gaveta os bilhetinhos e os presentes que dei quando era criança.
Quando quero matar a saudade de uma das melhores épocas da minha vida, espalho na cama algumas fotografias. Nelas, vejo uma criança que já lutou Judô, que dançou em praticamente todas as comemorações do colégio. Que teve seu primeiro namoradinho e que sempre esteve rodeada de amigos, da família e até mesmo dos animais de estimação que tanto adorou.
E o mais importante: vejo que aquela felicidade infantil se transformou em felicidade adulta e que apesar de ter crescido, os olhos nunca deixaram e nem deixarão de brilhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Deu tanta saudade agora.

Mas sei lá, essa coisa de isso acompanhar sempre a gente é tão grande que eu não tenho receio em dizer que continuarei amando todas e sendo sempre criança, também.