segunda-feira, 25 de outubro de 2010

São como camaleoas

Sábado à noite. Lovesong do The Cure no último volume. Muitas pessoas dançando e ela encostada na parede, parada, pensando. Observando o ambiente com aquele olhar peculiar.
Sem fazer nada, chamava atenção. Exalava mistério, sedução, charme. Loiros, morenos, carecas, caras de todos os tipos faziam de tudo para – ao menos – tirá-la para dançar.
Ela não aceitava. Se esquivava. Sempre dizia que estava esperando alguém. E realmente estava.
Sem perceber, com apenas uma de suas olhadas, conseguiu fisgar alguém. Ele, se movendo lentamente e sem tirar os olhos dela, foi chegando cada vez mais perto. Convidou-a para dançar. Ela aceitou.
Chamavam a atenção. E por chamarem a atenção, aqueles caras que a convidaram para dançar não entendiam o motivo de terem sido rejeitados. Não era rejeição. É que algo faltava neles.
De rostos colados, ela gostava da sensação de ter algo pinicando a sua pele. De ter que adivinhar como ele seria com o rosto liso e se sentiria atraída caso ele fosse assim.
Cerrada, por fazer e a lá Wolverine. Não importa. Barba é muito mais que um complemento. Dá charme a quem a usa. Dá charme a quem a cultiva.
Era disso que ela gostava. Era por ele que ela esperava. É disso que muitas gostam. E por gostarem, ela era e elas são capazes de quase tudo.

"As barbudetes, por sua própria natureza misteriosa, são camaleões que caminham disfarçados." - Barbarius

2 comentários:

quaresma. disse...

fatos como esse só acontecem quando sabemos o que ou quem estamos esperando ;)

beijas :*

Thamirys Marques disse...

Sou a favor da causa BARBAL!