Era inverno quando te conheci. Trocamos algumas músicas, algumas palavras. E tudo isso foi o suficiente para sentir que tínhamos alguma afinidade. Só que mesmo assim, pensei que fosse ficar só nisso. E a vida (sempre ela) me surpreendeu.
De colegas distantes passamos a ser colegas-próximos. Conversamos todo o mês de férias. Eu, falando bastante de mim. Você, reservado e sem entender o motivo de eu te contar tantas coisas.
Sabe quando uma pessoa conhece outra e sente que esse alguém é confiável? Então, foi justamente isso o que aconteceu. Não me pergunte o porquê, só sei que foi assim.
Antes de nos vermos, você fez aniversário. Apesar de ter escrito algumas palavras, o que gostaria de ter dito de verdade era “eu acredito em você e em tudo o que você faz.” Porém, nós nem éramos tão amigos assim.
Uma semana que se tornou em dias e que se transformou na ansiedade de falar com o meu mais novo colega-próximo de sala. Com vergonha ou por outro motivo que desconhecia até então, não consegui nem te cumprimentar.
Fiquei frustrada, triste e envergonhada. Mas quer saber da verdade, eu disse ‘oi’, ou melhor, acenei para você na hora certa. E que evolução: depois de algumas semanas consegui até sorrir quando abria a boca para emitir o som da letra ‘o’ junto com a ‘i’.
O tempo passou e viramos amigos. Mas dentro de mim, algo dizia que eu poderia oferecer algo mais do que amizade. Sendo breve, em novembro te contei a verdade. Conversamos, deixamos de conversar. Conversamos de novo até o momento em que você percebeu que da minha parte, nada tinha mudado.
Eu resolvi sumir. Para o meu bem, para o seu bem, pelo nosso bem.
Doeu muito. Meses se passaram e ainda sinto sua falta. Ainda quero nossa amizade de volta, quero dar um novo começo a ela. Mas isso, só o tempo pode fazer acontecer.
E mesmo com tudo isso, com tanta coisa, eu daqui, te mando as melhores energias do mundo. Digo, repito, escrevo e reescrevo, se for preciso, que ainda acredito muito em você. Que ainda te desejo muito amor, muitas coisas bonitas e inspiração em altas dosagens.
Espero que daí ou de onde quer que esteja, consiga sentir que há alguém aqui que ainda quer seu bem.
Então. É isso.
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