segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Agradecimento ao ano que já se foi

Querido 2010,

Você começou e nem percebi. Parecia que ainda estava em 2009. Vivendo e vivenciando as mesmas coisas. Acordava tarde e só tinha como responsabilidade a faculdade.
Durante todo esse tempo, assisti muitos filmes e descobri a minha paixão pela 7ª arte. Descobri também, muitas bandas diferentes – tanto novas como velhas - e percebi que meu gosto musical finalmente começou a melhorar.
Mas como nem tudo são flores, comecei a me sentir mal por passar tanto tempo em casa. Sim, gostava de gastar meu tempo escrevendo, lendo, assistindo filmes e ouvindo música.
Decidi então, que queria um emprego. Que queria começar de algum lugar para finalmente, poder exercer a profissão que escolhi: a de Jornalista.
Mandei muitos currículos, fiz algumas entrevistas. Aguardava ansiosamente por alguma oportunidade. Nada aparecia. Sempre ouvia a mesma coisa: “se precisarmos, ligamos para você”. E nada.
Ficava esperando e me decepcionada quando percebia que ninguém ligava. Estava cansada da rotina. De pensar tanta baboseira, já que tinha todo tempo do mundo para isso.
Para piorar, tive que me distanciar de um amigo. Eu sei. Não se pede tempo em amizade. Só que chega um momento em que não dá mais. Na realidade, nem pedido de tempo houve. Eu simplesmente me desliguei. Decidi que seguiria a minha vida, por mais difícil que ela fosse ficar.
Ao contrário do que pensei, ele cedeu a minha vontade e também parou de falar comigo. Acho que cedeu nem é a palavra certa e sim respeito. Durante muito tempo, senti saudade. Vontade de conversar de novo. Mas não podia voltar atrás.
Aos pouco fui me acostumando com essa situação. Definitivamente, abri mão e decidi esperar a vontade do tempo. Resolvi que cuidaria de mim sem esperar que as borboletas fossem voltar.
Você já estava quase acabando com aconteceu uma reviravolta na minha vida. Praticamente na mesma semana, fui chamada para fazer três entrevistas de emprego. Uma em um jornal, outra em uma rádio e mais uma em uma assessoria automobilística.
A terceira, não deu muito certo. Carro realmente não é a minha praia. A primeira me fez ter a certeza de que quero trabalhar em um jornal um dia. Já a segunda, foi a que deu certo.
Lembro até hoje a cena. Eu, na casa da minha tia quando a supervisora do local onde trabalho ligou dizendo que eu tinha passado no teste. E que começaria em breve.
Não consegui ter nenhuma reação. Só a escutava. É que no momento, não acreditei. Já tinha desistido de ir atrás, já não tinha mais esperança.
Depois de acertar algumas coisas, comecei a trabalhar. Em dezembro, fez um mês em que estou trabalhando.
Já estava feliz com a minha nova realidade. Só que você resolveu ir com a minha cara. Conheci algumas pessoas. Algumas ficaram, outras já se foram. Cumpriram a sua missão. Mas entre todos, uma delas sempre se destaca. E é justamente essa pessoa que quero que fique por perto e na minha vida até quando for possível.
Ouviu 2011... e todos outros anos que ainda estão por vir?

Um comentário:

Anônimo disse...

A escrita doce de sempre.

Dois mil e dez te preparou coisas bonitas. E eu nunca deixo de estar feliz por você.

Que dois mil e onze continue agradável assim e - apesar de toda essa coisa ainda um pouco confusa para mim e sobre a qual acredito que precisamos falar um pouquinho qualquer dia desses - que eu possa continuar, pelo menos através da apreciação da tua escrita, de alguma forma ligado a você.

Um beijo.