Era uma manhã fria quando sai de casa. Agasalhei-me o mais que pude, já que não tinha você para me aquecer.
Incompleta. É assim que me sinto quando tenho que fazer o meu habitual caminho sozinha. Sinto falta de nossas mãos dadas, do abraço e das declarações também inesperadas.
Quando tenho que andar por aí sem você, sinto que apresso o passo. Perco a noção do tempo. Parece que, na minha ilusão, ele vai passar mais rápido. Só para te ter por perto de novo.
É nessas horas que eu queria que o dia tivesse menos de 24 horas...
Nas horas vagas eu me chamo saudade. Carrego comigo as lembranças e sinto que do outro lado da cidade, você também pensa em mim.
Essa tal de saudade tem dois lados. Ela dói, mas nos une cada vez mais.
É, eu sei. Você não gosta senti-la. Mas eu. Eu, a cada vez que a sinto, tenho mais certeza de que te quero sempre comigo. Tudo tem o seu lado bom, né.
Bom é saber que mesmo sem a presença física, você sempre dá um jeito de estar presente. Seja nas ligações ou nas cartas que me manda. E para mim, o que importa é isso, sabe.
No inverno e no verão. No outono e na primavera.
O importante é ter você. Em qualquer estação e época do ano.
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