O caos reina!

Carrego comigo o arrependimento das vidas que mal vivi. Não sei bem o que e nem quem gostaria de ser. Só sei que viveria em um lugar bem longe desse caos. Longe desse mar de gente que circula alucinadamente pelas ruas.
Todos os dias, gente de todo tipo atravessa a cidade. Debaixo desse sol, carros e pessoas se misturam. Fazem parte de uma única massa. Pensam exclusivamente em seus interesses.
Nas estações de trem, as pessoas mais parecem animas famintos em dia caça. Empurram uns aos outros. Tem como preza o veículo de metal.
A superlotação é absurda e desumana. Os transportes vão de um lado para o outro com passageiros amontoados, sentados até no teto se possível.
A TV mostra quase que diariamente todo esse caos urbano. É gente caindo entre o vão do trem e da plataforma. Carrinhos de bebês deslizam para o mesmo lugar por descuido dos pais. O horário de pico é enlouquecedor!
E enquanto isso a passagem só aumenta. De centavo a centavo o governo enche o bolso. E o conforto... Que conforto? Para que a população precisa disso, né?

Nessa e nas outras vidas, sei que vou acabar me encontrando com todo esse caos. Não vou poder fugir, mas evitar, sim.
Um ligar para escapar, um canto para chamar de meu.
A paz reina!