domingo, 25 de março de 2012

Fechado para balanço

Abriu o peito, arrancou o coração e o colocou em uma caixa. Em seguida, trancou-a e escondeu a chave onde nem ele mesmo poderia achar. Acreditava que dessa maneira se livraria de tudo o que fez sofrer. Estava fechado para balanço e por isso, jurava de pé junto que não se envolveria com ninguém por um bom tempo.
Amou. Tentou. Chorou. Sofreu. Insistiu. Quando todos achavam que desistiria, lá estava ele repetindo todo esse ciclo. Ciclo vicioso que viveu por muito tempo. E que agora, começa a fazer parte de sua lembrança.
Pelo que sei viveu um romance de idas e vindas. Fez das tripas, coração. Enfiou a cara no trabalho, na música e em tudo que o dava prazer. Decidiu que se desligaria das redes sociais e de tudo que o fazia lembrar qualquer coisa. Forçou uma amnésia, uma amnésia que de certa forma deu certo.
Faz certo tempo que deu um basta. Um basta que ainda não o impediu de manter contato. Digo por mim, essa etapa é a mais difícil. É complicado se desvincular completamente de alguém, ainda mais quando houve amor.
O tempo é incerto. Os segundos mais parecem minutos, os minutos equivalem a muitas horas. Talvez ele demore em esquecê-la. Talvez ele a esqueça com rapidez. Ninguém sabe, nem ele mesmo sabe.

De repente, a chave será encontrada e o coração que ficou trancafiado estará preparado para amar de novo.

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