Pois é. Nestas fases, escrever chega a ser difícil.
Há muito que ser dito, porém, é complicado organizar as ideias e expressar algo, seja pela escrita ou pela fala. A verdade é que é só questão de momento. Já me senti assim inúmeras vezes, por que agora seria diferente?
Não há um vazio. Não há algo pela metade, nem por inteiro.
Pior do que isso: indiferença. É não saber ao certo o que se passa por dentro.
“É menina, você já foi melhor. Já soube mais de si”.
A rotina faz jus ao seu significado e se torna clichê.
Por outro lado, é ela que me sustenta e me estabiliza.
Chega a ser um vício, sem ela entro em parafuso.
Vontade de aproveitar mais o tempo. 24 horas são insuficientes para mim.
Quero 48, 72, 96. Quanto mais horas melhor.
Sem ordem cronológica para tudo. Viva ao desconexo.
“Sinto lhe dizer. Sinto lhe informar. Preciso ir-me embora”.
“Para onde?”
“Não sei. Talvez para um lugar longe daqui”.
Este é o momento propício para viajar dentro de mim. Por ora, adeus mundo exterior. Declaro aqui o meu abandono. Submersa por uma película chamada primeira pessoa do singular.
“Lembre-se: a vida não é injusta com você. É você que é injusta com a vida”. Filosofias baratas.
Até breve – mesmo que o “até breve” seja amanhã, depois ou depois. Que seja.
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