Ter a sensação de falta é a coisa mais estranha que há. Vivo, tenho amigos, família, lugar para morar e estudar, só que parece que um porque de não sei de onde me faz falta. Sou incessante assim mesmo ou não descobri aquilo que me falta? Creio que sejam ambas as situações.
Sinto falta do que nunca vivi, de coisas que nunca tive e que achei que tinha. Por vezes sinto-me incompleta, deixando por ai pedaços de mim que nunca voltarão. Ora é um braço que se perde, ora um fio de cabelo. Nem meu coração escapou se quer saber da verdade.
Coitado dele, tenho até dó. Tantas vezes calejado, tantas vezes espatifado, pisado, usado, mas ao mesmo tempo palpitante e vivo. Pronto para tudo que der e vier. Sabe o que ele no fundinho quer? Um pouco de paz.
Suspeito que seja paz que tanto me faz falta. Prometo que ano que vem dou certo sossego a ele, que me apego menos e que me envolvo menos na vida das pessoas. Ah! Promessas de começo de ano nunca são cumpridas mesmo...
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