Vai passar, vai passar...

É como se fosse um espelho, como se visse nele algo que um dia foi. Identificou-se com as dificuldades, com o modo de defesa e com o jeito atual de pensar. Afinal, passou pelas mesmas coisas. A única diferença foi o tempo.
O tempo que se adiantou, que fez com que ela se acostumasse com as coisas da vida. Que fez com que ela aprendesse a se adaptar. E hoje pode perceber que está diferente, pode perceber que está diferente ao olhar para ele.
Por ter vivenciado determinados pesares antes, se sente preparada para ajudá-lo, para guiá-lo a um caminho bom. Não quer substituir ninguém, muito menos ocupar espaços que já estão ocupados. Apenas quer acrescentar, ajudar, orientar, oferecer os ombros para tudo.
E mesmo que ele resolva fazer escolhas equivocadas, ela ainda estará lá o puxando, o levantando, o reerguendo. Mesmo que não ache determinadas atitudes corretas, ela oferecerá os ombros para as queixas e lamurias. E com certeza ficará muito feliz com as vitórias e conquistas.
Os tempos serão árduos, mas quem gosta de verdade está presente para tudo, e aceita. E aceita o modo que o outro alguém está, aceita os defeitos e até aprende a gostar deles também. Aprende a conviver e a aceitar.
Enquanto tiver forças e a vida permitir, fará o impossível e o possível para ver um sorriso, o ar de calmaria nos olhos dele. Enquanto puder fará de tudo para vê-lo feliz novamente. São apenas tempos difíceis e sabe mais ainda que “depois da tempestade sempre vem a calmaria.”