segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cartas...

Ainda tenho os rascunhos daquelas cartas que um dia entreguei a você. Confesso que ainda flagro alguns momentos em que olho para minha escrivaninha e revejo como se fosse hoje o ato da escrita.
Por vezes sinto que as mesmas lágrimas que caíram dos meus olhos quando as escrevi querem cair de novo. Não queria que você tivesse ido... Será que você volta um dia? Tenho saudades.
Olho exatamente para o lugar onde deixei tais papéis com minhas singelas palavras empoeiradas, e percebo que elas não se encontram mais lá. Estão em um canto do meu quarto guardadas em uma pasta.
Guardei-as para que elas não se tornassem imundas e cheias de poeira. Tal poeira que fica parada em um móvel qualquer e que somem com uma passada de mão ou com um sopro do vento. E elas não são como pó... São eternas, e você é o dono delas.
Ah! Preciso ser sincera e é por isso que resolvi dizer que existe outro motivo para tê-las guardado numa pasta. Confesso que estava se tornando um pouco doloroso olhar para o lado esquerdo da minha cama e ver um conjunto de folhas endereçadas ao seu nome, diretamente e unicamente a você.
Pensa que é fácil? É complicado ter lembranças vivas de tudo o que um dia aconteceu. Aquelas músicas citadas são impossíveis de ouvir, ainda lembro-me de cada palavra que foi escrita ali. Um dia quis você de volta, sem mais.

Um comentário:

Diego Costa disse...

LEmbranças vivas... é isso que devemos guardar... Seja em pastas ou sobre escrivaninhas, lembranças devem ser guardadas. Elas surgiram para mecher com nossas emoções, nossos sentidos, e não devemos tê-las com sofrimento. Olhamos para elas e possamos dizer:"mais uma etapa se cumpriu!".