De uns tempos para cá o que posso dizer sobre mim é que estou me descobrindo ainda mais. Confesso que tenho defeitos que são difíceis de serem mudados. Como já disse Clarice Lispector uma vez: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Só que no meu caso não é mais assim, e sinto que tais defeitos atrapalharão minha vida no futuro.
Um deles é a excessiva timidez que me proíbe de tomar certas atitudes que desejo, desde falar com alguém até mesmo começar um diálogo. Logicamente isso acontece com quem não tenho muito contato. Outra coisa que preciso mudar é a expectativa que coloco em cima de algumas pessoas. Espero demais dos outros, imagino situações, coisas, diálogos, fatos, minha mente vai a mil, só que tudo que imagino raramente acontece.
O que me deixa muito contente é saber que aos poucos tenho parado de reclamar, resmungar e lamentar sobre certos fatos da vida. Parei também, aliás, ainda estou tentando parar de planejar coisas que acontecem com naturalidade. Estou, de fato, deixando que algumas coisas caminhem sozinhas, sem nenhum tipo de intervenção.
Posso dizer que sou composta de música, filme, leitura e escrita. Passo praticamente o dia todo ouvindo música porque acredito que, além de ser um meio de se expressar, é também um jeito de se acalmar. Contanto também que, às vezes, é um modo de dizer o que sinto e penso.
Como já disse, meu ser é composto de leitura também e posso dizer que além de ter devida adoração por Dom Casmurro de Machado de Assis, também idolatro Clarice Lispector, Dostoievski e morro de amores pelo O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry.
Adoro escrever e acredito que não seria nada se não escrevesse. Querendo ou não as palavras são um modo que encontro de me livrar de certas coisas que me incomodam. Passo tudo que me deixa feliz, triste ou o que seja para o papel ou para qualquer espaço em branco que encontro. Gosto de dar vida ao que um dia foi inanimado.
Sempre gostei de assistir filmes, mas confesso que de uns tempos para cá tomei mais gosto por isso. Não sei muito bem responder o porquê disso, porém, posso que dizer que tenho adorado. Meu gosto vai de romance a drama passando por suspense e comédia. Acredito que já assisti até que bastante coisa, mas tenho a sensação que ainda tenho muito filme para assistir, muito filme para gostar e muito filme para indicar.
Adoro imprevisibilidade, mistério e inteligência. Isso porque, pelo menos para mim, tudo que é previsível, exposto não tem a mínima graça. É bom ser surpreendida com gestos, palavras e ver que uma determinada pessoa tomou alguma atitude inesperada. Gosto também de ver quando alguém se empolga com algo que gosta. Parece que quando acontece isso, os olhos brilham, um meio sorriso aparece, a fala muda e a pessoa não se cansa de mostrar que adora o que faz. E ver a felicidade do outro é gratificante para mim.
Odeio traição, mentira, falsidade e o mau uso da palavra amar. Penso que quando o amor é verdadeiro, independente do tipo de relacionamento, a mentira, a traição e a falsidade não devem aparecer. Se o amor é realmente verídico, por que trair? Pra que mentir? Não há necessidade disso. É por isso que gosto das coisas às claras. Se alguém gosta de mim, pois que fale, demonstre, faça alguma coisa, só não me iluda. Logicamente uma pitadinha de mistério faz bem, só que sou tão devagar que quase não percebo nada de diferente ao meu redor. Outra coisa que preciso mudar.
De fato, gosto da mudança. Gosto de mudar...
Um comentário:
Gaabii !
Por menos tempo que tenha me sobrado ultimamente, precisava vir.
Adorei. Realmente não esperava encontrar, de cara, a continuação de um dos posts que mais aprecio por aqui. É especialmente bom para mim - motivos não sei - te ler quando comentas sobre você mesma. O que te move diz muito sobre mim, também.
Um beijo.
Postar um comentário