Meio sem saber o que fazer, ouvindo aquela música que toca no lugar mais fundo e escondido do coração e ao mesmo tempo deixando escapar anseios e desejos pelos poros. A cabeça a mil, completamente cansada de tanto pensar sobre coisas que possivelmente sejam apenas grandes ilusões. A mente cria histórias, cenas, momento, diálogos, separações e junções.
O corpo e a mente se digladiam, querem encontrar um ponto fixo, mas não acham. Não acham nada, nada a não ser dúvidas, perguntas, cansaço. O cansaço toma todo o ser, nele, não há espaço para nada. Nada.
A parte exterior necessita de repouso, de menos agito, de menos gastura. O interior influencia no que acontece do lado de fora, se as coisas não vão bem dentro, o mesmo acontece com o fora. Os dois precisam de harmonia, de equilíbrio, de vontade de voltar a ser o que um dia foram. Querem trabalhar juntos novamente, mas não conseguem.
Picos aparecem, picos desaparecem. Informações são transformadas, digeridas e absorvidas pelos sentidos. Os sentidos mesmo estando falhos, ainda funcionam. Funcionam lentamente, necessitam de paciência do seu próprio dono.
O dono da mente, do corpo, dos poros, de tudo precisa de um tempo. Um tempo para se reconstruir, se refazer, se achar. Ele apenas quer voltar, dar a volta por cima e dizer que tem força para fazer as coisas funcionarem de um modo melhor.
Já não tem mais paciência para deixar as coisas fluírem, deixar com que as coisas aconteçam com naturalidade. Quer respostas, e mesmo sem forças ainda vai atrás delas. Luta, se recusa a acreditar em certas coisas. Quer mudanças e acredita que elas virão.
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