quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Solidão ou condição de quem está só. Como você preferir.

Não sei qual foi à última vez que o telefone tocou e a ligação era para mim. A situação é tão grave que não sei qual é o toque do meu celular, isso por falta de uso, por falta de alguém me ligar. As mensagens que recebo no mesmo são só da operadora que contratei. Nunca consegui mandar todas aquelas que recebo de bônus quando recarrego o meu aparelho.
Não recebo cartas, aliás, nunca as recebi. Entro no Orkut com a esperança de ter algum recado e só me deparo com as respostas daqueles que tive que mandar. Nada novo. Ninguém se importa.
O mesmo acontece com o Messenger. Entro, poucos são aqueles que falam comigo. É como se eu não existisse. Como se não se importassem. Como se eu não estivesse ali. Às vezes puxo assunto. Às vezes o mesmo não rende, acaba fácil, e novamente é como se eu estivesse sozinha.
Desde o colégio o meu maior medo é faltar nas aulas e ninguém perguntar de mim, ninguém notar que não apareci. Tenho medo de voltar e todo mundo agir como se eu estivesse ali sempre. Como se eu estivesse presente todos os dias, inclusive nos dias que faltei. Sinto falta de um abraço, de pequenas coisas. Sinto falta de um “tudo bem?”, de um “pode contar comigo”. Sinto falta dessas coisas que pouco valorizam.
O que me resta é a esperança de que as coisas podem mudar. Continuo fazendo a minha parte tentando suprir a solidão daqueles que estimo. Continuo tentando entender as pessoas. Só queria que me entendessem e que tentassem algo por mim também...

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