Aquele desconhecido que virou colega. Aquele coleguismo que se transformou numa amizade. Aquela amizade que quase chegou a um namoro. A partir daí as músicas aparecem e passam de simples melodias para grandes canções. Palavras viram coisa séria, são ditas somente quando se deve.
De repente o encanto acaba e o interesse vai junto. As músicas escutadas antigamente passam a ser tortuosas, provocam dor, mexem e remexem dentro de si. As palavras perdem o valor e há quem acredita que elas nunca deveriam ser ditas.
O quase namoro volta a ser amizade. Só que a mesma não volta a ser como era antes. É composta por farpas, sumiços, desaparecimentos, falta de interesse e uma pitada de raiva. Um tempo passa, a amizade é trocada por coleguismo.
O coleguismo vira distância. As canções não provocam mais dor, as palavras ditas não têm mais tanto valor. A saudade aparece, as lembranças também. Um marco na vida permanece. A distância vira sintonia distinta. É difícil um saber do outro.
A sintonia distinta faz com que aquele alguém vire apenas um conhecido. Um conhecido que deixou suas marcas, mas que foi embora. Que também seguiu sua vida. Que também um dia vai passar por tudo isso de novo.
Aí novos colegas aparecem, podendo se tornar grandes amizades que podem virar outro quase namoro. Outro quase namoro com outras músicas, com outras palavras, mas com a única intenção que é a de ser feliz.
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