Oscilante. É essa palavra que tem me definido. Nenhum dia é igual ao outro, a cada dia uma sensação diferente. De fato, vivo o hoje sem saber nada do amanhã. Não espero nada do amanhã, já que nem do hoje sei direito.
Há dias em que me sinto muito bem, com uma felicidade bela e ingênua pelo simples fato de estar viva. Nesses dias não desejo estar em nenhum lugar além daqueles que estou. São nesses dias também que sou tomada por sorrisos largos e espontâneos, e por um olhar puro e brilhante.
Há outros dias que não tenho ânimo nenhum, que não quero nada além de ficar submersa por meus pensamentos. Por vezes me sinto um zumbi; parece que perambulo, que não tenho energia. Meus olhos não brilham, e a face sorridente passa a ter uma expressão amargurada.
É nesses dias que em que desejo ficar completamente sozinha, longe de tudo que me entristece.
Oscilante. É essa a palavra que tem me definido. Nenhuma hora é igual à outra, a cada 60 minutos uma sensação diferente. São raros os dias em que começo de um jeito e termina do mesmo modo. Às vezes me sinto como um catalisador com um elevado poder de absorção. Parece que absorvo todas as sensações, todos os sentimentos, todas as conspirações. Parece que absorvo tudo, de fato.
Há dias que em que uma simples lembrança, uma simples palavra ou até mesmo um simples gesto tem o poder de me alegrar ou de me entristecer. Tristezas repentinas, momentâneas me pegam. Aquele vazio volta, a indiferença comigo mesma aparece. Pequenas coisas têm o poder de me deixar feliz. Não desejo mais uma felicidade plena; valorizo as felicidades instantâneas, daquelas que faz o ser humano não se aguentar, daquelas que faz o ser humano acreditar que a vida é fácil.
A vida não é fácil e seria desvalorizada se fosse de outro modo. É bom lutar pelas coisas, é bom amadurecer através de algumas dores que a mesma oferece. É bom estar vivo, é bom sentir, é bom ser e estar.
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