sábado, 7 de novembro de 2009

De mudança!

Está na hora de seguir viagem, colocar nas costas a mochila e pegar aquele velho ônibus com destino incerto naquela antiga rodoviária. Enquanto isso, o caminhão de mudanças transporta todas as poucas coisas que tenho.
Joguei fora aqueles atestados médicos por motivos sentimentais que peguei um dia. Fiz o mesmo com as ampolas que guardavam as lágrimas e rasguei alguns meses do calendário.
Empacotei aos poucos todas as coisas que poderiam quebrar; inclusive aquela antiquada caixa de lembranças que ainda se localiza do lado esquerdo do peito. Nela, escrevi “frágil” e enviei por correio para um novo endereço – ainda desconhecido. Um novo endereço sem remetente e sem dono por sinal.
Guardei em Polaroid tudo o que aconteceu de bom, e emoldurei para colocar na parede do novo quarto todas as lições que aprendi na vida. Há a possibilidade de criação de um novo cômodo, com novos espaços e novos donos, mas isso, aos poucos.
Doei todos aqueles CDs que estavam praticamente riscados de tanto ouvir uma música especial em cada um deles. Tomei a mesma atitude com os livros e com alguns filmes, que de tanto assistir, sei certas cenas de cor.
Peguei todos os meus pertences e decidi mudar. É hora de outros filmes, de outras músicas, de outros livros e principalmente de outras atitudes. Hoje estou em um canto imaginário qualquer da cidade que criei para mim. Amanhã? Não sei.

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