Nunca fui de muitos; aliás, nunca fui de ninguém. Meu sentimentalismo exacerbado não me permite tal façanha. Se for para ser de alguém, que seja de uma pessoa só; que tenha algum romance, que construa um pedaço da história a cada dia.
Não importa se for bonito ou feio, só quero que me faça bem; que me aqueça nos dias de inverno, que me acompanhe nos dias de calor, que observe o cair das plantas nos outros e que finalmente me encha de flores na primavera. Se for para querer alguém, que me acompanhe nas quatro estações e em todas as reviravoltas que a mesma passar.
Quero apenas uma boa companhia, alguém que me mostre vários sentidos de uma mesma situação. Alguém que se disponha de seu tempo para preencher o meu, que me dê mais uma razão para sorrir em dias nublados.
Nunca fui de poucos e muito menos de muitos, meu sentimentalismo exagerado não me permite tal proeza. Quero ser apenas de uma pessoa e de mais ninguém. Quero construir uma história dia após dia e reprisá-la quando for preciso. E quando for envelhecer, quero olhar o álbum de fotos em um lindo entardecer, sentada em um banco qualquer junto com você, e poder dizer que exatamente tudo valeu a pena.
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