domingo, 27 de dezembro de 2009

Em andares.

Complicado é quando o sentir não é recíproco de imediato, quando há a necessidade de criar dia após dia circunstâncias para que ao menos um pingo de sentimento aconteça. É como se um edifício fosse criado diariamente; com seus andares, janelas, portas e cômodos.
Às vezes os operários se cansam, desistem e abandonam a obra. Mas no fundo sabem que a essência sempre continua a mesma e que aquele sentimento verdadeiro ainda existe, persiste, insiste. Continua intacto, como sempre.
Aos poucos os andares são construídos e a partir daí vem o alicerce, o apoio. Para que o prédio seja construído corretamente precisa de muita paciência. Paciência para que ele não seja demolido, não acabe em destruição e que por fim, não aconteça nenhum tipo de dor.
Há a necessidade de planejamento, perseverança e perspicácia. Isso fica tudo por conta dos arquitetos que ajeitam, arrumam e organizam quando tudo deve ser construído. Eles mandam e desmandam nas atitudes, no que fazer e quando se deve fazer.
Assim, depois da construção do cômodo principal localizado no lado esquerdo do peito, existe a necessidade de um morador fixo nele. É aqui que tudo da certo, que aquele sentimento não-recíproco pode virar algo mútuo, verdadeiro, esplendido. E o melhor de tudo: a sensação de missão cumprida com um lugar aconchegante e tenro para se morar como recompensa.

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