terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não significa que vai ser sempre assim

Não é para relatar meu perene cansaço e muito menos dizer que ainda acredito. Na verdade não me comovo mais com as desculpas, com as fases mirabolantes e nem com a minha incrível compreensão.
Entendo. Tento entender, compreender, relevar. Por muito tempo encarei aqueles dias sem diálogo como um dia perdido. Por muito tempo achava que se não fosse tão presente ou ao menos presente no dia-a-dia era um dia a menos para construção de qualquer coisa que fosse.
Acreditar, ou melhor, começar a aceitar que tudo o que é bem plantado, bem fortificado volta no futuro, é complicado. Dar o primeiro passo nesta atitude é algo que leva muito tempo. E tudo acontece por causa da espera.
Nada que se planta gera frutos em um tempo recorde. É preciso que se regue, depois que se cultive, que cuide para que logo depois o jardim fique florido. É preciso cultivar seu próprio jardim para que as flores e as borboletas sejam bem recepcionadas quando o momento certo chegar.
Se elas voltarem, se elas surgirem, é porque foi bem feito. Só que a espera é dolorosa, precisa de muita paciência, de muito tempo. E além de tudo precisa respeitar o tempo do outro.
As pessoas vivem em momentos e tempos distintos. Acreditam em coisas diferentes, pensam e agem do mesmo modo. E foi a partir daí que comecei a ver que ao menos conversamos. Que mesmo que as coisas não sejam tão boas e que não supram as expectativas, não significa que vai ser sempre assim. Tudo poder mudar. É bom sempre acreditar e estar preparado.

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