terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De(certamente)

Decerto não sabia. Não sabia como aquilo tinha começado e nem como poderia acabar. Puxava na memória. Poderia ser aquele dia de sol. Não. Aquela tarde chuvosa. Vago. A única coisa que sabia e sentia era aquela sensação de quando ouvia mais de uma vez alguma música que gostava muito. Amor.
Amava a vida, a natureza. Amava a alegria e também a tristeza. Sentia o sangue correr mais rápido, borboletas no estômago que insistiam em voar. O suor correndo pelo corpo juntamente com o sentir dele quente. Paixão.
Era um ciclo vicioso que nunca teria fim. Uma história que começou sem um final nada aparente. Sensações múltiplas. Devaneios sem fim. Casa bagunçada, refletindo exatamente como a alma estava. Confusão.
Gostava do que sentia. Totalmente. Só não sabia o que fazer. Desentendimento. Quando mais achava que entendia, sabia que não entendia nada. Falta de ação. Sabia que esperaria. Esperada. O que ela era.
Espera é o que sou. O que me transformei. Decerto não sei. Não sei como aquilo começou e nem como pode acabar. Puxo na memória. Poderia ser aquele dia de sol. Não, Aquela tarde chuvosa. Vago. A única coisa que sei e sinto é aquela sensação de quando se ouve mais de uma vez alguma música que gosto muito. Amor... como sinto agora.

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