Promessas de viagens a Veneza após tantas que fizemos separados. Vezenquando nos encontrávamos em tantas cidades de tantos países por acaso do destino. Em todos os encontros, nada pré-meditados, vivenciávamos a mesma situação: eu observando algo e você sempre dizendo “oi”.
Como de praxe parávamos em uma cafeteria. Você sempre pedia um cappuccino e eu um-café-grande-e-forte. Você sempre me levava até o lugar onde estava hospedada, me esperava subir até o quarto e acenar pela janela. Só assim ia embora.
Mesmo que te convidasse para subir, a resposta sempre era a mesma: “não posso, pego o primeiro voo amanhã e vou-me embora daqui.” E prometia: “a gente ainda vai viajar juntos... para Veneza”; um lugar que eu nunca tinha ido.
Sei lá. Queria muito saber por que nunca fui imediatamente para lá. Todo ano eu viajava, mas sempre me esquecia daquele lugar. Na verdade não é que me esquecia. Sempre acreditava em sua promessa.
Não tínhamos trocado telefone, não tinhas o endereço um do outro. Então não viajaríamos juntos nunca... e eu não conheceria Veneza tão cedo.
Mentira, engano seu. Tomei coragem, esqueci do que havíamos prometido, comprei uma passagem. Tomei o avião no dia seguinte e segui viagem.
- Quando cheguei lá, estava você no aeroporto me esperando. Como sabia que eu ia para lá? Mistério.
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