
Ainda continuo achando o calendário aquele mesmo burocrata de sempre. Dissipa dias, meses e anos, e arrasta certas datas para uma vida toda. 04,06, 14, 18,19 e 21 parecem apenas números na visão de algumas pessoas. Mas para mim não. É impossível desprender-me das lembranças que esses dias ainda trazem.
Pareço mais um despertador programado para tentar acordar pontualmente seu dono que quase se atrasa sempre. Pareço um rádio enguiçado, um disco riscado. Sinto-me como um ser totalmente impregnado de números esquecíveis que insistem em fazer parte da minha vida. E que nunca saem, nunca deixam de fazer parte do que sou. De quem eu sou.
Arranco mentalmente as folinhas de cada mês. Pulo com os olhos essas datas. Tentativas mal sucedidas, por sinal.
Pareço mais um despertador programado para tentar acordar pontualmente seu dono que quase se atrasa sempre. Pareço um rádio enguiçado, um disco riscado. Sinto-me como um ser totalmente impregnado de números esquecíveis que insistem em fazer parte da minha vida. E que nunca saem, nunca deixam de fazer parte do que sou. De quem eu sou.
Arranco mentalmente as folinhas de cada mês. Pulo com os olhos essas datas. Tentativas mal sucedidas, por sinal.
Quando esses números aparecem na boca de alguém em uma conversa qualquer, sinto que meu cérebro nada eletrônico está programado para trazer as recordações à tona. É sempre assim. E mesmo que não lembre imediatamente os motivos por trazerem tais dias junto comigo, tenho a sensação de que algo importante aconteceu. Confirmação.
Já desejei muitas vezes o esquecimento. Já tentei completamente fazer com que esses números passassem em branco. Impossível. Ainda lembro-me relapsamente dos meses e do ano, mas não me apego mais nisso.
04, 06, 14, 18, 19 e 21; esses sim são para sempre, mesmo que eu queria esquecer... Mas continuo achando o calendário aquele burocrata pretensioso e roubador de um tempo nada substituível. E que foi bom. Confesso.
Já desejei muitas vezes o esquecimento. Já tentei completamente fazer com que esses números passassem em branco. Impossível. Ainda lembro-me relapsamente dos meses e do ano, mas não me apego mais nisso.
04, 06, 14, 18, 19 e 21; esses sim são para sempre, mesmo que eu queria esquecer... Mas continuo achando o calendário aquele burocrata pretensioso e roubador de um tempo nada substituível. E que foi bom. Confesso.
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