Poucos dias dos 365 concedidos nesse ano se passaram desde a última vez que escutei sua voz. Uma ligação em meados de perguntas e comentários do tipo “pode repetir?”, “não entendi”, “você fala baixo”, e mesmo assim aquela saudade de não poder te ouvir com tanta frequência foi morta.
Entre desafinadas, risadinhas e agradecimentos o importante foi ver o seu nome no visor do meu celular. Um pulo no sofá, o pause de uma música que não me lembro agora. Mas que com certeza tem você como pensamento ou assunto principal.
Originalidade nunca foi meu nome. Poder sentir move montanhas. Faz com que a gente ultrapasse nossos próprios limites só para mostrar quanto um sentimento é grande. Faz com que a gente enfrente nossos monstros interiores por uma causa que ainda não foi totalmente descoberta.
Não encontrei seu nome na lista telefônica, nem tive o trabalho de procurar. Simplesmente apareceu, assim, na minha frente em uma ocasião que não precisa ser citada. O que vale foi o que foi feito, refeito e o que ainda pode ser criado.
E em um momento de impulsividade criei mil maneiras de fazer com que se sentisse querido. Dia após dias a certeza do meu ato até era mais concreto. Planos. Falhas. Desencontros. Até o ato consumado.
Ansiedade.
E você como título e tema principal.
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