Se pudesse escolher, teria vivido certamente na época do ultra-romantismo. Teria conhecido de perto o mal do século. Desdenharia totalmente do nacionalismo e do indianismo pertencentes a geração Romântica.
Sofreria do sentimentalismo desenfreado que lhe entupiriam as veias. Padeceria com o total pessimismo e com a idealização desenfreada de amores completamente impossíveis. E se caso tivesse algum envolvimento com alguém, morreria de medo.
Viveria de bar em bar, teria uma vida boêmia e cultuaria a noite como ninguém. Seu fim: a morte. Morte de tuberculose por conta de tantos vícios que seriam sua fuga. Viveria no mundo da lua e cultuaria em demasia o “eu”, dando assim origem ao egocentrismo. Colocaria no altar personagens difíceis de serem alcançadas e até cultuaria figuras angelicais.
Até esse mundo era fora de sua realidade. Mesmo tendo algumas características dos autores dessa época, ainda se sentia forte o suficiente para enfrentar os baques da vida. Tinha mais sobriedade; embora escrevesse somente sobre sentimentos. Tinha seus vícios; todos lícitos. Mas eles não chegavam a ser uma fuga.
Amava de um modo desenfreado. De tal maneira que esse sentimento ocupava o lugar do sangue nas veias. Acordava amando, amanhecia entristecido por não poder sentir por completo, entardecia esperançoso de alguma melhora e anoitecia na esperança de poder sentir de novo. Um ciclo vicioso que nunca tinha um fim completo.
Certamente não teria medo de algum envolvimento. Já que esse era seu principal sonho. Sairia totalmente e sem pedir licença do mundo da ilusão e viveria sim um romance. Amaria por completo, cultuaria na medida certa e seria sempre um romântico no jeito de amar.
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