domingo, 4 de abril de 2010

Créditos finais

Baboseiras escritas em uma folha de papel. Recados mal dados por telefones completamente mudos. Voz abafada que impede o sentir. E todas aquelas verdades que só dá para perceber no final dos tempos.
O fim? É no fim que se percebe que tudo o que já foi feito foi em vão. Não adianta mover fundos, mundos. Tentar dar o mundo, a vida. Pensar que o certo é realmente fazer o certo. Não. Não é. Nada disso é suficiente quando não tem que ser.
Há distanciamento certeiro, falta constante. Há uma vida quase perdida em um mundo nada real. Inventar é mais fácil. Encarar a verdade da maneira que bem entender também.
Péssimo hábito de interpretação. Comunicação controversa sem fim. Deduzir frases, recados, sinais de maneira duvidosa. Esquecer dos reais fatos. Pecado. Pecado. A realidade sempre esteve estampada na minha cara, só eu que não consegui enxergar.
Pois é. Confesso que fui pelo caminho do que é convencional. Do mais fácil. Do que somente eu escolhi acreditar. E assim dificultei as coisas para o depois. E o agora? Não importa, ora. O futuro? Deixa quieto.
Dúvida longínqua de algo esclarecido. Não há nada o que entender. Não há nada o que pensar. É preciso saber encarar. Libertação. É momento do “the end”, respeitem isso. Os créditos começam a aparecer na tela. E as lembranças; só elas vão comigo.

O fim não é realmente o fim, é o começar de uma nova história.

Um comentário:

Unknown disse...

As pessoas geralmente gostam de ir pelo caminho mais fácil, mas nem sempre este caminho é melhor que o da dor. Ficar adiando ou deduzindo coisas que tinham que serem resolvidas e esclarecidas em um exato momento só trará mais problemas a cada dia.
E, o título lembrou-me uma música do Hateen. Lindo Gabi!