segunda-feira, 14 de junho de 2010

Escolhas

De um lado a vida, me chamando. Do outro uma névoa e um rosto impossível de se reconhecer. Incerto, foi assim que defini meu caminho naquele momento.
Queria ficar, mas não podia. Queria partir, mas algo me impedia. O tal rosto a cada instante se distanciava mais. A voz desse tal rosto sussurrava palavras tortas, impossíveis de se ouvir.
A vida me agarrava pelos braços, a curiosidade de saber quem possuía aquela desconhecida voz tomava meu coração. A pior forma de amor, foi assim que defini aquela sensação.
Muitos me diziam, antes de entrar em completo choque comigo mesma, que o amor não doía. Que esse sentimento era o que eu deveria ter pela vida. Que ele vai além da própria alma e da própria carne. O amor estava ali, era só aproveitá-lo.
Depois de pensar e me sentir literalmente em cima do muro, olhei para ambos os lados. Do lado esquerdo estava a névoa e do outro a vida que quase gritava vem.
Pouco a pouco aquela face sumia, pouco a pouco o sussurro se calava. Era eu tomando conta da situação e sendo apta a escolher o que realmente queria dali.
Atirei-me, sem delongas, na parte direita do muro imaginário e senti que a felicidade me consumia. O incerto estava lá do meu lado e o amor tomava meu coração. Mas aquele desconhecido rosto sumira.
Era hora de descobrir novos horizontes e poder traçar meu próprio caminho sem ter medo das possíveis dúvidas que ainda podiam aparecer. 8 letras, escolhas.

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