Silêncio. Pausa.
Sou doce. Doce amargo. Doce azedo. Doce, apenas doce.
A docilidade e o sentimentalismo sempre foram traços marcantes da minha personalidade. Muitos dizem que tenho bom coração, apesar da personalidade forte e de ser um cadinho temperamental.
Uns reclamam da minha tristeza. Na verdade não é tristeza. Apenas sinto-me feliz de maneira diferente. É que não vejo motivos para sair por ai sorrindo e muito menos provando para o mundo o quanto a vida está boa.
Quem precisa saber de tudo isso sou eu.
Sempre fui contida, bem reservada e muito observadora. Prefiro o silêncio ao abrir a boca para dizer qualquer asneira. E falando em silêncio, ele tem sido meu melhor amigo
Vivo rodeada de pessoas, inclusive daquelas que mal conheço, e mesmo assim consigo me desligar do mundo por instantes. Tento tirar ao menos um tempinho para mim e aproveito para colocar as ideias em ordem.
Travos diálogos com a minha consciência. Procuro ouvir bastante o coração e quando convém, a razão. E durante todos esses anos de vida, foram poucas as vezes que vi coração e razão trabalharem juntos.
Não evito as tristezas e nem os sentimentos opostos ao da felicidade. Não conheço ninguém que cresceu e amadureceu por estar rindo sempre. Crescimento é cair sabendo que é preciso se reerguer depois.
E assim como alguns, considero-me um edifício. Sou feita de andares. E em cada andar há uma surpresa diferente. Sou muitas e uma só ao mesmo tempo.
Permito-me sorrir quando achar necessário. Chorar quando for preciso e me reerguer quando sentir que o momento certo chegou.
Doçura, força e fé sempre.
Um comentário:
Tens um jeito lindo e encantador de ser!
Adorei a parte em que falas do crescimento, que significa cair, e mesmo que enfrentando uma fase amarga, saber que irá se reerguer depois.
Tu bem sabes escutar as batidas do coração...
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