terça-feira, 26 de julho de 2011

O tempo

Tempo. Uma palavra, cinco letras e um grande significado. Às vezes tenho a sensação de que ele escorrega das minhas mãos como as areias de Ilha Bela. Intocável, sinto-me incapaz de acompanhá-lo.
Vez ou outra observo o relógio e noto o quão rápido os ponteiros se movem. De um e um minuto, percebo a vida se esvaindo, as pessoas se distanciando e o fim se aproximando. "Não se iluda ao pensar que estarei sempre aqui", penso.
Talvez o pessimismo ou até mesmo o realismo sejam os culpados pela descrença que tenho quando me dizem que certas coisas não dependem de mim. "Paciência, menina. O que é seu está guardado. Dê tempo ao tempo".
Sentar e esperar não é nada fácil. Dia após dia, vejo o calendário anunciar o final do mês e a chegada do próximo. A cada hora, os sinos da Igreja mãe tilintam. Eles avisam que o dia está chegando ao fim. Será que estarei viva amanhã para presenciar o passar do tempo?
Angustia-me não saber o que posso encontrar pela frente. Sem aviso prévio, vejo-me obrigada a ser forte o suficiente para encarar tudo o que a vida colocar no meu caminho. Vezenquando, sinto-me fraca e entrego-me. Renasço.
Reluto, mas aceito. O tempo, de fato, tem sido meu melhor amigo.

Longe do descaso, do desgaste e da fadiga. Hei de sobreviver.

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