quarta-feira, 13 de julho de 2011

Relógio


Horas, minutos, segundos e centésimos de segundos. O relógio não para de tilintar. Ora o adianto. Ora o atraso. Não sei bem como quero viver o tempo.
Tenho vida longa pela frente, mas costumeiramente a reduzo a pó. “A linha tênue que separa o pessimismo do realismo sempre me causou crises existenciais, mas o que seria de mim se não fosse o caos que habita minha mente?”, já questionava um amigo.
Transcendi tal linha, porém, continuo me perdendo por aí. Na verdade, nem faço questão de me encontrar. Ando me negaceado muito e sei bem que há um quê de afirmação atrás de tudo o que profiro.
O rumo é incerto, todos sabem disso.
Feito um animal lento, dou um passo de cada vez. Pra mó de não atropelar os fatos.
Tic-tac tic-tac. Agora nem atraso e nem adianto os ponteiros. Apenas sento-me diante do relógio e o observo.
O seu tilintar não me incomoda mais.

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2 comentários:

Fabio disse...

o Tempo é abstração mais palpável que a poeira escorrendo pelos dedos

Anônimo disse...

Tempo passa passa tempo tempo passa. O tempo não pára e escorre pelas mãos. Nem o vemos. Beijos, querida. Au revoir.