sábado, 20 de agosto de 2011

(In)sensatez

- O que você pretende?
- Ainda não sei. Ando cheia de dúvidas...
- Exemplifique
- Sei bem o que é certo fazer, entretanto, por que não consigo fazer o certo?
- É. Você está beirando a confusão. E, além disso, está se contradizendo.
- Oh, o que fazer?
- Nada.
- Como assim ‘nada’?
- Nesse momento, evite a fadiga e o desgaste. Deixe que o tempo coloque tudo em ordem. Não há nada a se fazer.
- Não?
- Não torne as coisas mais difíceis do que já estão sendo. ‘Haja paciência, eu sei’, mas é nela que você deve se apegar agora.
- A tal da so...
- Nem pense em concluir a frase. Pare com essa insaciável necessidade de tapar buracos que foram deixados pelos os outros. Se baste! Se baste!
- Mas as minhas ideologias estão se esvaindo...
- Quem precisa delas? Essas tais ideologias nada mais são do que apenas pensamentos. Abstenha-se deles.
- Pensar ou sentir?
- Nem um e nem outro, apenas viva. Você, mais do que nunca, precisa sair de férias de você. Deixar de ser protagonista e se tornar mera coadjuvante. Vá descansar.
- Preciso de um tempo...
- Use e abuse. Aproveite-o. Ele é todo seu.

O momento é único. Tem que ser agora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito!!! Não tenho tempo a perder para dizer que amei seu texto!

Beijos beijos. Au revoir.

Minne disse...

É perfeito mesmo, vez ou outra a gente tem de deixar acontecer, parar de se preocupar tanto, abrir a janela e ver que tem um dia lá fora, viver, deixar fluir.