Apesar de a tristeza e de a melancolia resolverem se tornar grandes parceiras, com o peito dilacerado,elas transportam às pessoas para imensidão, incentivam o autoconhecimento e conseguem mostrar o verdadeiro valor da felicidade e das coisas simples da vida, que surgem inesperadamente.
A verdade é que o aperto no peito sempre esteve presente na minha vida. É ele que me faz acreditar que possuo um vazio. Um vazio que ainda não foi nem nunca será preenchido. Um vazio, um buraco, um espaço que não teve o privilégio de ser alocado. A tal da contínua solidão.
Acredite. Convivo bem com isto. A tristeza e a melancolia já são traços da minha personalidade. Elas fazem parte de mim, assim como a intensidade e a sensação de viver à flor da pele, que raramente me abandona. Deve ser por isto que sou tão densa, tão profunda, tão sentimentalista.
Nunca me pergunte o motivo. Jamais me indague sobre o assunto. Não quero entrar em detalhes. O que posso dizer é que faço coleção de desilusões amorosas e de romances que não deram certo. Cada um reúne o que pode, estes são os meus guardados.
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As lágrimas começam a inundar os meus olhos. É a hora de limpar a alma e deixar todos os sentimentos se misturarem. É o momento de externar o que a boca quer dizer, mas que não consegue expressar em palavras.
A hora é esta. Vou me entregar à tempestade, assim como Camelo sugere em “Santa Chuva”. Sem medo.
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