Após 60 anos da criação do Estado de Israel, palestinos ainda possuem a forte lembrança de algo que um dia quiseram esquecer. A dor e o sentimento de impotência que sentiram quando alguns tiveram que fugir e outros foram mortos brutalmente ainda é existente. Velhos e novos são marcados por está trágica história e lutam ferreamente por uma mesma causa: a justiça.
Manifestações foram feitas; homens, mulheres e crianças saíram de preto e andaram pelas ruas para mostrar que ainda sofrem com a criação do tal Estado. Andaram até a sede da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e lá ocorreu a distribuição de cartazes e bandeiras de sua nação.
“Passaram 60 anos e passarão 100, mas chegará o dia, a justiça prevalecerá”, tal lema se encontrava em um dos cartazes e mostra a constante esperança que a população ainda tem. Esperança essa que é depositada no novo povo palestino, ou seja, nos jovens. Acredito que eles pensam que somente a nova geração poderá fazer algo para modificar a sofrida realidade que foi vivenciada há anos atrás.
O acontecimento mais marcante foi a “Marcha do Retorno”, onde palestinos que se refugiaram no Líbano foram até a fronteira israelense e formaram um cordão. Só que mesmo com tais manifestações, nada tirará da lembrança o que um dia todos sofreram. Há cerca de quatro milhões de refugiados e todos eles têm o direito de retornar para o seu país, porém o maior obstáculo é esse, que marcaria um acordo de paz entre israelenses e palestinos.
Com tamanha reviravolta, sentimentalismo e até mesmo esperança, o ex-presidente George W. Bush visitou Israel e participou das celebrações dos 60 anos do “Nakba”, ou seja, “Tragédia”. Ao contrário de sua última visita, ele se encontrou com o presidente palestino Mahmoud Abbas no Egito. Talvez essa decisão tenha sido tomada para que não acontecesse algo de pior, já que há anos atrás os Estados Unidos da América não fizeram exatamente nada e assistiram exatamente tudo com um olhar de indiferença. Isso porque, até hoje, o Oriente Médio é encarado como fonte de renda por ter ótimas jazidas de petróleo.
Bush foi demasiadamente hipócrita ao dizer que Israel é “o maior amigo e aliado americano do Oriente Médio”, isso porque ele visa somente a economia americana e não se importa com as pessoas de outras nações. Ele é altamente materialista e não mede esforços para fazer com que seu país cresça.
O mais impressionante foi que logo no primeiro dia quatro pessoas foram mortas na Faixa de Gaza e mais quatorze ficaram feridas a uma explosão de uma bomba que atingiu um shopping de Israel. Lembrando que tudo isso aconteceu exatamente no primeiro dia que George W. apareceu por lá. Sendo que o principal motivo de sua visita era de impulsionar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, só que ele trouxe a desgraça juntamente com certas mortes. E tal tratado de paz não pôde ser concluído durante o seu mandato que terminou em janeiro. Agora, só nos resta esperar.
Fonte: O Estado de São Paulo On Line
Ps: texto feito para a matéria de História do colégio (ano passado)
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