E o olhar se perde. Ele está em constante procura de outro olhar que o complete. Fica em constante procura de algo que o (re) anime, algo que o faça brilhar, de algo que o reviva.
Deseja que alguma luz saia deles e que a opacidade não exista mais. Quer outros olhos que o siga, que brilhe por ele também, que o deixe com uma imensidão de cores até então desconhecida.
Precisa encontrar paisagens novas, necessita que outros ao menos tenham alguma semelhança com ele. Não quer fugir, não quer escape e muito menos escapar. Só quer alguém que tenha coragem de encará-lo, e que tenha o atrevimento de encará-lo quando o caminho mais fácil for a fuga.
Só está a procura de outros olhos que o compreenda, que olhe da forma mais doce possível e que se identifique em qualquer situação. Só quer ser seguido, admirado, usado, vivo. Qualquer coisa.
Sente vontade de atravessar olhar do outro, de brilhar junto dele, de poder enxergar o que se passa no canto mais íntimo e obscuro do coração. Só quer parar de se perder, e encontrar um dono fixo...
... E o olhar se perde; se perde unicamente e exclusivamente em ti.
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