Não nasci o adorando e muito menos tendo a necessidade de tê-lo em minha vida. Aos poucos fui percebendo quão essencial ele também é na vida de outras pessoas. Foi somente aos dezessete anos que notei que o amava.
Achava linda a dedicação que alguns davam para ele, e como a maioria ficava belo com sua presença. De fato, ele fazia com que as pessoas enxergassem a vida um pouco mais colorida.
Foi anos dezessete anos que o conheci – logo após a um acidente de percurso. Convenhamos que ele me salvou e me fez enxergar a vida com outros olhos.
Antes de conhecê-lo, via tudo ao meu redor de um jeito opaco, completamente sem vida e sem nenhuma nitidez. Logo que adentrou em minha vida, no ato do aparecimento, tudo se tornou mais belo e colorido. Confesso que me apaixonei logo de cara.
Como nada é perfeito e em todo relacionamento há brigas, comecei a odiá-lo também. Os dias de calor são aqueles em que mais o odeio. Ele simplesmente gruda em mim, faz com que eu sinta incômodo enorme. Na realidade gosto mesmo dele é à noite. Nesse período ele não me incomoda e me auxilia a tomar um rumo certo. E também desempenha o papel de me dizer com quem estou falando, onde estou olhando. Evita também que eu cometa alguma gafe.
De fato essa é a relação que tenho com meu óculos. Às vezes o odeio, em outros momentos o adoro. Na verdade, sem ele eu nada seria. Através dele posso enxergar melhor. Quando não está comigo sinto uma falta enorme, parece que tudo fica sem graça, sem luz. De qualquer forma, mesmo tendo essa relação conturbada (principalmente nos dias de calor) ainda o estimo e o quero sempre em minha vida.
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