sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tudo novo, de novo.

Sem diploma na parede. Resultado de quem estudou somente metade de um ano na universidade. Sobre a mesa os pés, e a cabeça no mundo das luas pensando no que fazer exatamente neste ano que começou.
No fundo sabia que por ele, viveria só de sentimentos. Largaria emprego, vida estável, dinheiro e as coisas materiais só para passar um ano conhecendo outra pessoa. Se aprofundando mais e mais sobre todos os assuntos. Viveria tranquilamente um romance a lá Yoko Ono e John Lennon.
Mal tinha uma namorada. Era seletivo demais para ter alguém. Mas já pensava no futuro. Queria dois filhos, uma casa no campo para passar uma parte da infância das crianças. Pensaria em voltar para cidade e comprar um apartamento nos arredores da Avenida Paulista. E com certeza, arrumar um emprego.
O que contaria para ele, certamente, não seria o dia complicado. As tarefas que seu chefe poderia passar. Qualquer coisa do tipo. Simplesmente pensaria em chegar em casa logo e ter alguém esperando sentada no sofá com um sorriso imenso no rosto, mostrando que um dia estressante é pequeno demais perto do amor que ainda poderiam viver.
Suspirava sempre quando pensava em tudo isso. Tinha tudo planejado. Bastava somente concretizar. Era dotado de talentos. Falava bem, escrevia bem. Sabia exatamente como se expressar. Só faltava ir à luta.
Nem tanto por ele e muito menos pela família. Decidiu tentar por conta da vida que ainda poderia ter. Sabia que o ‘ainda’ recebia um grande significado. Que de ‘a’ a ‘a’ um grande espaço existia. E que para ter uma família precisava de um emprego.
Resolveu que a partir daquele momento procuraria algum curso. Tentaria ao menos fazer algo que gostasse. E foi. E conseguiu.

O primeiro passo de seus planos começou a ser concretizado. Quanto o resto? Só o futuro poderá responder. Mas que viveria um romance a lá Yoko Onno e John Lennon... Ah! Isso viveria sim.

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