Campainha toca, alguém abre a porta e caminha até o portão
- Oi
- Oi
Silêncio
- Como você está?
- Tô bem, e você?
- Também
Olhares perdidos
- Então... Tenho sentido muitas saudades de você, por isso vim até aqui.
- Faz tempo que não nos falamos...
- É. Eu sei...
- Pois é...
Silêncio
- Que entrar?
- Entrar na sua casa seria como voltar para sua vida...
- Quando você volta?
- Pra sua casa ou pra sua vida?
- Os dois
- Não sei...
Silêncio
- Tenho sonhado com você...
- Comigo?
- Acho que é por causa da saudade. Meu inconsciente te traz pra perto enquanto a realidade te evita
- Sonhos bons?
- Sim. Neles voltamos a ser amigos...
Silêncio
- Bom... Preciso ir.
- Tá bom...
- A próxima vez que bater na sua porta é pra voltar...
- Só não demora...
Não. Não demoro. Tudo tem seu tempo certo - pensou.
7 comentários:
Só o tempo dirá...
Acho diálogos legais. Principalmente colocando esse clima pausado. Faz lembrar muito sentimento para poucas palvras.
Um beijo.
Dizer tanto com tão pouco é uma tarefa difícil. Você conseguiu fazer isso com maestria neste seu texto. Estou aqui relendo e relendo. Parabéns!
tudo acontece quando menos esperamos...
Putz viu :')
as coisas acontecem quando
menos esperamos '
O pior é a incerteza da volta, o frio, a esperança perdida e renovada cada vez que alguém bate na porta.
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