terça-feira, 6 de julho de 2010

O possível diálogo entre saudade e surpresa

Campainha toca, alguém abre a porta e caminha até o portão

- Oi
- Oi

Silêncio

- Como você está?
- Tô bem, e você?
- Também

Olhares perdidos

- Então... Tenho sentido muitas saudades de você, por isso vim até aqui.
- Faz tempo que não nos falamos...
- É. Eu sei...
- Pois é...

Silêncio

- Que entrar?
- Entrar na sua casa seria como voltar para sua vida...
- Quando você volta?
- Pra sua casa ou pra sua vida?
- Os dois
- Não sei...

Silêncio

- Tenho sonhado com você...
- Comigo?
- Acho que é por causa da saudade. Meu inconsciente te traz pra perto enquanto a realidade te evita
- Sonhos bons?
- Sim. Neles voltamos a ser amigos...

Silêncio

- Bom... Preciso ir.
- Tá bom...
- A próxima vez que bater na sua porta é pra voltar...
- Só não demora...

Não. Não demoro. Tudo tem seu tempo certo - pensou.

7 comentários:

André Luiz . disse...

Só o tempo dirá...

Anônimo disse...

Acho diálogos legais. Principalmente colocando esse clima pausado. Faz lembrar muito sentimento para poucas palvras.

Um beijo.

Pacha Urbano disse...

Dizer tanto com tão pouco é uma tarefa difícil. Você conseguiu fazer isso com maestria neste seu texto. Estou aqui relendo e relendo. Parabéns!

Tira o Jaleco disse...

tudo acontece quando menos esperamos...

carolina s.r disse...

Putz viu :')

Mayane Vargas' disse...

as coisas acontecem quando
menos esperamos '

Anônimo disse...

O pior é a incerteza da volta, o frio, a esperança perdida e renovada cada vez que alguém bate na porta.