Assim como Kate e Alex de A Casa do Lago, sinto que estamos vivendo em tempos diferentes. Você, no outro canto da cidade, cuidando da sua vida e se descobrindo a cada dia. Eu, vivendo de música, filmes e palavras e tentando adivinhar como tem passado o dia.
É ruim não ter notícias. Perceber que as estações de trem, as linhas telefônicas e os dias de cada mês do ano não são mais os responsáveis por essa distância. O tempo sim, o tempo é responsável por tudo isso.
Não, não é. É muito fácil culpar alguém que não fala, que não age, que não toma decisões por ninguém. Nessa história, na minha história, não há culpados. Há apenas pessoas e alguém, alguém que optou pelo silêncio. Que escolheu sair à francesa do salão. Antes que fosse tarde demais.
Sabe. Às vezes dá aquela vontade de criar uma máquina do tempo para poder retornar. Às vezes dá vontade de bater na sua porta com o papo mais furado do mundo só para ver como você está.
Só que o caminho da volta não é o mesmo da partida. Não sei em que plataforma te encontro. Não sei quais são as ruas que podem fazer as nossas vidas cruzarem de novo. O nosso tempo é diferente, mas mesmo assim, espero que a gente consiga se encontrar para dar novo início ao que ficou para trás.
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