Abomino quase todos os tipos de convenções. As familiares, as matrimoniais, as sexuais e até mesmo as religiosas. Muitos podem se assustar, mas é assim que penso.
Vivo numa família católica onde minha avó – quando era viva – frenquentava a Igreja aos Domingos e sempre que podia. Quando criança, eu ia junto com ela.
Por um longo tempo cheguei a frenquentar a Catequese. Aprendi os mandamentos, a palavra do Senhor e sobre a Bíblia. Já estava quase ‘cursando’ o terceiro ano quando me enchi de vez e desisti.
Desisti porque não compreendia o motivo de demorar tanto para conhecer as palavras d’Ele. Para mim, tudo era tão simples. Não estava lá para fazer joguinhos e muito menos brincadeirinhas – por mais que achassem que essa era a melhor maneira de ensinar.
Depois daí percebi que não precisava de nenhuma religião. O Senhor é um só, o que muda é o nome que Ele recebe. Chamam-no de Jeová, Buda, Alá, Javé, Jah e até mesmo de Deus. Independente da crença, a fé tem o mesmo destino.
Fui a alguns casamentos e cheguei a ser daminha de honra de alguns deles. Acho a cerimônia de matrimônio algo muito bonito de ser visto. Chego até a me emocionar, mas não me vejo casando.
Não é que eu não quero ter alguém. Só acho que não preciso da marcha nupcial, dos padrinhos, da aprovação de Deus e até mesmo de um padre dizendo se posso me casar ou não.
Para mim, o amor é o verdadeiro casamento. É o que une duas pessoas por livre e espontânea vontade. Independente da raça, credo, situação financeira e até mesmo idade. E sei que entrando numa Igreja ou não, o que Deus quer é ver a felicidade alheia. Por isso, Ele abençoa.
Nada mais natural quando dois alguéns se encontram é a vontade de constituir uma família. Muitos pensam em unir os trapinhos e morar no mesmo teto. Assim, a convivência começa a existir.
No começo é tudo lindo. Aí começam as brigas, as discussões e os desentendimentos por coisas mínimas. Pois é, conviver não é nada fácil. É que pensamentos, manias e gostos distintos habitam o mesmo local.
E tem mais, ninguém é obrigado a acordar de manhã e dar de cara com outra pessoa todos os dias. Ninguém tem a obrigação de presenciar as manias desagradáveis que todo mundo tem.
A convivência faz perder o encanto e o mistério que alguns relacionamentos precisam ter. É bonita a sensação de poder descobrir o outro diariamente. É gostoso sentir saudade e poder matá-la em seguida. Por isso, sou totalmente a favor de que um casal more em casas separadas. Como se vivessem em um eterno namoro.
Como eu já disse, o amor é encontro de duas almas. Alma tem sexo? Até onde sei, não. Então por que todo esse preconceito com o homossexualismo? Um homem não pode amar outro homem assim como uma mulher não pode amar outra mulher? O amor é muito mais do que carne e pele. E sim, a mais pura vontade de estar junto.
Conheci alguns casais homossexuais que foram muito mais felizes do que muito casal hetero que tem por ai. Repito: felizes.
A felicidade – independente de qualquer relacionamento, pensamento e convenção – é a base da vida.
Por isso, sejamos todos felizes. Até com as nossas diferenças.
Um comentário:
... principalmente com as nossas diferenças, rs!
=)
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